quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Paganismo Tradicionalista: A Visão Ancestral


Paganismo Tradicionalista


O que exatamente se compreende quando falamos de uma espiritualidade pagã tradicionalista?

No movimento contemporâneo pagão existem muitas maneiras diferentes de pensar sobre o que significa uma espiritualidade.
Hoje em dia as pessoas confundem uma Tradição dinâmica com uma ordem iniciática confusa por causa das diversas mesclas, e isto não é um problema de uma determinada religião, é uma questão de questionamento e de compreensão individual.

Alguns movimentos tradicionalistas, alguns mais outros menos ortodoxos, discordam e até se sentem ofendidos com outros movimentos neo-religiosos por misturarem estas crenças nativas a uma mistura sem sentido de tradições e crenças, às vezes até contraditórias. 

Tradicionalismo, como observam os tradicionalistas, independentemente do caminho que nos dirigimos em nossa intimidade, é essencialmente a recuperação das realidades espirituais dos deuses e folclore de nossa nação influenciada pelos europeus nativos em uma convergência cultural e religiosa.

Os celtas e os germânicos são culturas muito admiradas pelo paganismo contemporâneo. Estas culturas estão posicionadas como nações tribais diferenciadas na maioria das vezes por efeitos linguísticos e/ ou folclóricos muito concretos e não necessariamente por apenas uma origem étnica distinta. Encontramos paralelismos muito interessantes entre ambas às culturas tendo em conta a historia e os cenários que as cercam, observamos que ambas as culturas são fruto de um produto de convergência principalmente composta por elementos nativos. Nos germânicos observaremos a família mitológica Vanir como Deuses de índole agrícola e de magia campesina, em maioria pacíficos e por vezes citando uma orientação matrifocal. Do mesmo modo observamos posteriormente os Aesir, deuses da realeza, de poder mágico e autoridade com conotações bélicas que acabam por produzir uma crise militar posteriormente com seus futuros aliados: Os Vanir.

Após a guerra e selando um intercambio mágico acabam por se aliarem. Odín aprende com Freyja, Freyja aprende com Odín e todos aprendem e cultivam a sabedoria e assim se estabelece um único panteão.

Com os celtas acontecem também várias guerras, Lugh era o neto de um Fomorie com que luta em lados opostos criando assim uma convergência de panteão também.

Isto se supõe que para muitos de nós, a principal fonte de sustentação cultural, espiritual e de origem para (Druidas, Bruxos e Asatrus) serve para alimentar nossa alma e de elevar nossas mentes.

Em minha opinião detectamos um estranho interesse pelo exótico e visualizamos as terras distantes de nossos ancestrais, o solo que pisaram, uma incrível hereditariedade. Aqueles que deram luz a uma cultura que posteriormente foi evoluindo até chegar aos tempos de nossos avós, nossos pais e seu trabalho inquestionável de levar para a sociedade em que vivemos e para os que nascerão.

Terra, família, céu, (vivos e mortos), os deuses ...

Tudo é extremamente ligado que é impossível conceber um mundo que não se encaixa nessa comunhão ....

Para ver os valores antigos também devemos olhar para trás para os antigos deuses do nosso continente. Eu acredito que a essência do chamado "paganismo tradicional", ou seja, que a crença destas antigas tradições venham de encontro a reconhecer como os deuses são, nos permitindo andar entre os mundos e amparar as arestas do que tem sido mesclado ao longo dos séculos, Os Deuses de nossa terra estão vivos, porque a nossa terra está viva e cuja cultura ouvimos aos gritos!

Voltamos a dançar, a cantar e voltar para o fogo alto no meio da floresta, deixando ofertas saudáveis ​​para quem as merece-las. Nós viajamos para um outro mundo ao ritmo de um tambor e encontramos os espíritos da natureza, com os nossos próprios ancestrais e ouvimos os conselhos dos mais sábios Deuses.

Às vezes os encontramos, por outras não, porque, conforme a mesma natureza em sua plenitude, que não são os deuses que devem se subordinar aos homens; ensina-nos incontáveis ​​lições no "girar", que geralmente ocorrem para superarmos as dificuldades.

Entendemos, com o tempo, e nos darmos conta que no solo nos são respondidas as perguntas de nossa alma, pouco a pouco o coração da natureza, no sentido mais pagão para isto, nos envolve em nos mesmos, quando aprendemos as formas antepassadas de nos dirigirmos a ela e ela dizer o que sempre disse e sempre estará a revelar.

"Que existimos porque existiram e existirão pois existimos"

E nos revela muitas outras coisas.... E que nos encontramos nessa busca por ser esta mais uma necessidade de alma.


Texto do irmão F.A. 
Tradição Ancestral Nórdica





Cordialmente,
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