Muitos fraternos e amigos de caminho têm me orientado sobre
estas questões, esta na hora de voltarmos para o oculto antes que as coisas
piorem em termos de intolerância e desrespeito? Tenho visto aos poucos muitos
sumirem das comunidades virtuais, de blogs, sites e infelizmente todo aquele
conhecimento necessário em orientação esta sumindo, me faz pensar naquela
estrada de tijolos amarelos de Alice no País das Maravilhas, o caminho mágico
esta faltando tijolos em alguns lugares você percebe que muita gente fica para
trás e chega um momento que mesmo os mais resistentes, para não dizer “cabeças
duras” começam a repensar que a maneira com a qual nos colocamos para com o
mundo deve ser analisada e entrarmos em um momento de reflexão.
Muita gente fica temerosa se o Conselho de BruxariaTradicional continuará seu trabalho, pois muita gente se beneficia de sua visão
tradicionalista, muitas pessoas já perceberam que o que existe na internet não sustenta
suas buscas espiritualistas, isto é fato e tem sido cada vez mais de
reconhecimento público; entretanto e com toda sinceridade, devo dizer que o CBT
não nasceu para ser elitista e sim um local amplo dentro do segmento
tradicionalista, mas acabou se tornando e por diversos motivos.
O primeiro é que notamos que as pessoas estão tão
comprometidas com elas mesmas e com seus próprios trabalhos que não querem
perder tempo com um projeto filantrópico e que desde seu início encontrou
diversos obstáculos de comerciantes até gente que é oposição por ser oposição. A
falta de tolerância e desrespeito, além das perseguições religiosas que
ocasionaram em alguns até perdas financeiras, bem como àqueles que por política
acharam pertinente e financeiramente melhor deixar de fazer um trabalho
ideológico para ganharem visibilidade como oposição.
Até pouco tempo vi um grupo de opositores ao CBT se
queixarem que não temos unidade política ou de organização no Brasil, de certo
eles são os maiores promovedores do que vivemos hoje, pois são estas pessoas
que estão à frente de associações, igrejas, clubinhos e covens que não
admitiram que outras manifestações pagãs se desenvolvessem para não gerar
concorrência e hoje se encontram amargamente limitadas a elas mesmas ou tendo
um ou outro parceiro e que também não agrega.
O que devo dizer como o fundador do Conselho de BruxariaTradicional é que não iremos apoiar gente intolerante que luta por “Tolerância
Religiosa”, pois senão o fazem no cotidiano, não farão por nós no congresso,
seria uma falta de bom senso apoiar ações que só visam poder e visibilidade marqueteira.
O nosso trabalho continuará, contudo iremos limitar o que iremos divulgar, pois
estas ações têm gerado ferramentas de agressão aos nossos membros e pessoas que
encontram afinidade no caminho tradicionalista.
E sim, continuaremos como um oasis, fornecendo material
fidedigno, bons eventos, respondendo dúvidas, contudo criando um novo modelo
relacional onde nos resguarde e preserve nossas crenças e cultura.