domingo, 6 de novembro de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL – A Tradição Ibero-Celta


Encontramos pelo mundo muitos descendentes de celta, essas pessoas não são celtas na forma civil, pois os países criaram seus governos e registraram seus habitantes, contudo existe a maior identificação de todas! A identificação genética, a forma científica que vai mais fundo nas questões antropológicas e que esta além da burocracia governamental.
Para àqueles que têm o sangue celta ou mesmo para aqueles que estão ligados a cultura celta de uma forma espiritual é normal o direcionamento ao conhecimento que os celtas, como um povo de grande expressão européia, nós trouxeram em termos de cultura, arte e religiosidade.
Para as pessoas que vivem perto dos castros na Europa, descendentes diretos desse povo, existe um elo muito forte, uma identificação cultural religiosa incontestável, percebemos isso em sua força guerreira, em sua maneira de observar o mundo, na sua espiritualidade, no folclore, entre tantas coisas que ligam o homem a sua casa, a sua essência.
Não é preciso ser um geneticista para entender essa ligação, basta ter feito um simples trabalho de campo para notar que lá eles têm um orgulho ancestral, uma grande honra e se auto-proclamam de celtas, tal como muitos povos advindo de culturas antigas se colocam e não porque o governo lhes outorgou uma nova cidadania, não por conta da ciência simplesmente, não é pela necessidade de separatismo político e muito menos pelo aval de alguma ordem iniciática da Era Moderna.
Botorrita: Placa de bronze com inscrição antiga

Contudo as tradições dos povos celtas na península ibérica deixaram mais que artesanato para que os arqueólogos assim catalogassem, deixaram seu conhecimento passado de geração a geração, a arte sábia, a religiosidade, não deixaram igrejas, não deixaram grimórios bem como certificados/ pedigrees para ocultistas encherem seus egos de profunda ignorância.
Os Bruxos Tradicionais advindos da Tradição Ibero-Celta, ou seja, a linhagem celta na Ibéria tem desenvolvido muitos aprendizes pelo Brasil, pois é comum se sentir em casa diante da familiaridade contida em nossos mistérios.
Durante mais de duas décadas, temos visto muitos dedicados, muitos peregrinos se apresentando ao mundo diante da liberdade religiosa, e isto nos mostra com clareza que esta tradição esta mais viva do que se poderia imaginar! É bem difícil para quem vive no mundo mais esotérico entender, pois sua capacidade cognitiva os leva apenas a salões e praticamente igrejas formada por um coro de magistas voltados a ritos formais, regulamentos e papeladas, mas o que devemos mostrar a quem busca com seriedade adentrar pelos caminhos antigos, é que não encontrarão este modelo moderno de ensino, e se existe um colegiado na Bruxaria Tradicional ele foi formado com o intuito de gerar novas técnicas de ensino e poder dar maior respaldo a falta de reflexão gerada por um excesso de dados e informações desconectas.
Um Bruxo Tradicional, seja qual linha for, tem seu foco em conservar o conhecimento, em preservar seus costumes; a religiosidade é tão profunda que não existe a necessidade, a não ser individual, de buscar em outros caminhos religiosos ou práticas mágicas mais subsídio para seu aprendizado.
Para o leitor erudito ficará muito clara a existência da Bruxaria Tradicional Ibero-Celta, pelas provas históricas da existência de celtas na Ibéria, pela arqueologia de artefatos, pelo fator genético, pelo fator cultural, pelo fator folclórico, pela religiosidade, pelo movimento de conservação de práticas, costumes e espiritualidade, pelo grande número de interessados em magia que montam suas escolas iniciáticas na região e tantas outras ações que seriam incabíveis para algo dito como inexistente. Há de se concluir que os que afirmam a sua inexistência, sofrem de miopia intelectual, seja por desconhecerem os fatos acadêmicos ou por negativa ao aprendizado dos mistérios dessa tradição.
Para conhecer mais sobre o que é uma tradição ou mais artigos sobre Bruxaria, vejam nossos artigos e aprenda a separar o lúdico do religioso o esoterismo de crenças antigas.
Abraços Fraternos,
Ricardo DRaco