quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Ritual de Beltane - 1. Parte - Ricardo DRaco

Pensando em fugir das rotinas tão normais do cotidiano em criar um contato mais estreito com a natureza, longe das tolices virtuais, da ideia fixa de ritualização, dos temas tão comuns que muitos se perdem e ao invés de refletirem preferem demonstrar títulos e superficialidades; por fim fiquei encantando pela frase "você é o que faz e não o que lê" resolvi em um salto pular para o outro mundo, ver amigos e seres conhecidos, romper com a realidade humana e adentrar no mundo dos elementais, das divindades para deixar os fatores limitados da humanidade, com essa dependência emocional em serem aceitos. Então parti para ser eu com o todo espiritual e com padrões mágicos mais elevados.

O que falta ao mundo dos homens é uma lista que desdobrada o cobre com suas inseguranças e faltas de entendimento, essa necessidade fútil de tentar santificar ou demonizar qualquer coisa, de serem aceitos, de se sentirem ofendidos a todo momento como se fossem os únicos seres do universo. Por fim cansei de dizer aos surdos bem como cansei de mostrar aos cegos, e conforme o direito de pensamento vou escrever o que acredito e se alguém achar ruim que façam algum convite físico para que possamos fazer uma revisão em nosso trabalho, porém o que temos visto é apenas sites e perfis falsos, tal como gente papagaio e com segundas intenções, como diria uma amiga... "tragicomico"!

Resolvi deixar para trás esse mundo de gente confusa e respirar no outro mundo, onde lá sim existem portas que nos levam a caminhos maravilhosos e que não implicam em nenhuma encruzilhada com despachos e oferendas com crucifixos ao contrário e nem capas pretas segurando crânios de gesso!

Em uma lista de objetivos colocamos em grupo que deveríamos conhecer um lugar mágico, um local com lendas, com folclore, com magia, com liberdade, com leveza, e sendo assim, arrumamos nossas mochilas, colocamos o básico, estávamos em busca de simplicidade, sem ritualísticas complexas, sem ostentação, apenas nós e a natureza, e assim fomos à cidade mágica de São Thomé das Letras.

Chegando à rodoviária fomos nos encontrando, amigos e sorrisos, um momento especial de reencontro com esperanças e buscas pela sabedoria que somente a peregrinação poderia nos oferecer e como é bom estar na prática mágica, sair e ver novas paisagens! Entramos no ônibus e pegamos a estrada!

O dia amanheceu frio, neblina cercava o local, as ruas de pedra e o cheiro da floresta, silêncio e contemplação e logo depois o Irmão Lontra nos recebeu, lá estava ele com seu chapéu e cajado, sorriso e olhos iluminados, nos abraçamos e seguimos pelas ruas encantadoras do local, ao entrar na pousada cheia de cores e desenhos interessantes, percebemos que o local dava amparo a muitos místicos, as pessoas do local eram sábias, filosofas, descontraídas e espiritualizadas, a cada pessoa que encontrávamos contavam sua bela história de vida, encontramos pessoas tão próximas a outras realidades que a maioria os tomariam como loucos, e que o fossem, eram mágicos!

Ao descarregar as mochilas, seguimos em busca do guia do local, visitamos sua moradia e nos sentimos em casa, uma casa modesta, simples, mas que fazíamos entender que a beleza da vida esta na simplicidade, na tranquilidade do banco embaixo de uma árvore, do acolhedor fogão de lenha.

Conversamos muito e traçamos projetos para o feriado, voltamos para a pousada já com o guia e lá nos preparamos para a primeira viagem ao mundo espiritual, fomos em busca do local para o festival de Beltane e assim.... (continua)

Abraços Fraternos!
Ricardo DRaco