terça-feira, 14 de maio de 2013

O Movimento Ocultista e as Práticas Mágicas do Dia a Dia


Andando agora em passos mais calmos pelo movimento ocultista a gente acaba percebendo que pouco ou nada vemos de espiritualidade de uma forma geral, as associações de um caminho religioso às diversas necessidades que por vezes não fazem nenhum sentido, por quais motivos realmente se busca uma espiritualidade.



Será para reconhecimento perante outros? Para mostrarmos o quanto somos evoluídos? Para conseguir amigos? Para dizer que se esta deixando um legado?



E essa descrença na religião, essa falta de aprofundamento, esta necessidade de direcionamento tem tornado as pessoas vazias e destinadas a incapacidade de romper seus próprios limites bem como se deixam iludir perante o comércio que oferece a cada dia produtos e cursos cada vez com menor qualidade.



Também devemos refletir sobre sustentabilidade das instituições em relação à banalização na venda de filosofias como se fossem produtos de estantes, é pertinente saber a diferenciação bem como preservar os locais que prestam uma continuidade religiosa a peregrinos sinceros em busca de conhecimento; ah sim e como seria muito mais propício contar com doações de valores! Contudo esta mentalidade de contribuição não advém da consciência da grande maioria das pessoas, restando às instituições cobrarem por seus custos operacionais, bem como é de grande relevância manter um caixa de investimento para o seu crescimento/ eventualidade.





VIVEMOS UMA INVERSÃO DE VALORES em termos monetários, hoje passa a ser marginalizado àquele
que contribui mensalmente para uma instituição daquele que prefere gastar valores exorbitantes com workshops e que pouco ou nada trazem de crescimento pessoal aos que frequentaram por algumas horas os espaços ou ate àqueles que acreditam que o certo é viver sem nada contribuir, nem monetariamente, nem em compromisso e na maioria das vezes nem com o respeito pelo que ali provê o conhecimento, idolatrando palestrantes como pop star em vez de apreciarem o trabalho daquele que presta um ensino contínuo diante de um caminho.



Como se todas estas questões citadas não fossem por si mesmas destoantes, ainda existem eventos com palestrantes desconhecidos ou necessitados de visibilidade para balbuciarem sobre algo inventado ou mal qualificado, gerando sempre os mesmos temas que vão do xamanismo, da religião da deusa, do tarô e das receitas mágicas, enaltecendo não mais o conhecimento ou a diversidade de crença e sim um mundo de glamour, ilusão e leviandade.



Devemos entender que não se trata de um mero julgamento, não devemos culpar os outros, devemos culpar a nos mesmos que acabamos por prestigiar diretamente ou indiretamente estas formas simplórias pelo qual se foi colocada à espiritualidade e as instituições, somos culpados por dar crédito a pessoas que fazem da espiritualidade um RPG, somos culpados por nos satisfazermos por tão pouco, somos responsáveis por abrirmos nossas portas para o profano, somos responsáveis por nossa jornada, que embora soubéssemos a todo o momento desta definição, ainda assim nos cegamos, ficamos surdos e seguimos em frente o fluxo da inconsciência coletiva.


Autor: Ricardo DRaco