segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mais Teses sobre o Nome Bruxaria

Temos visto muitas pessoas buscando a origem do termo bruxaria, alguns começam bem, mas no meio do texto para o final colocam sua opinião e ai se vai ladeira abaixo, e começam os "verdadeiros bruxos" e as "verdadeiras coisas", a ponto de contradizerem até o significado das palavras, para essas pessoas falta mais que interpretação de texto, falta bom senso, fora uma teimosia infanto-juvenil.

Para se haver um debate construtivo, temos que separar a visão cientifica da visão filosófica; acreditamos que essa busca por conversão religiosa ou auto afirmação tem sido constante em movimentos da década de 70, não sabemos a quem essas disputas pós-wiccanas agradam, nós sinceramente não reconhecemos essas crenças como próximas, algumas se colocam como operações mágicas, então que façam os seus feitiços e não entrem nas questões teológicas, simples assim.


Nós mencionamos no stricto sensu (academicamente) a palavra de origem ibérica (bruxa), e comentamos também que é uma crença nativa e, portanto tradicional, para nós esta muito claro o conceito e a parte etimológica, não desviam pelos achismos e pelo labirinto dos conceitos gregos, falar em conceito religioso é falar sobre linha de pensamento de crenças, e aqui cada um pode pensar e elaborar suas concepções e seguir suas ideologias.

Nós estamos muito centrados no conhecimento que recebemos e nas buscas que fazemos, conceitualmente não comparamos o que é um caminho espiritual de um "ofício", tal como não se argumenta um conceito por momentos históricos diferentes, querem comparar o mundo antigo com o moderno (?), querem usar ferramentas iguais para coisas diferentes, querem comparar um mineiro de família protestante da década de 70 com historiadores da antiguidade, isso nos parece algo totalmente "fora da casinha". O leitor pelo menos vai parar para pensar e procurar fontes, para nós já é o suficiente e quem sabe buscar um caminho pelo qual ache interessante seguir.

O importante em nossa visão é o conhecimento, a briga entre "Gardernianos" e "Cochranerianos" é uma disputa que não estamos ligados, não temos os anseios de descobrir verdadeiros bruxos, pelos simples fato que somos verdadeiras pessoas, e ficamos lisonjeados pela inspiração que nós bruxos tradicionais, campesinos, de raiz, tradicionalistas, regionais, etc... Causamos em seus líderes religiosos, ficamos realmente contentes que dentro das buscas por crenças tradicionais, tenhamos em algum momento inspirado seus líderes com nossa naturalidade e fluidez que em algum momento os encantou.

Mas voltamos ao assunto da mariposa (bruxa), da tese dos vocábulos proto-celtas brixtã (feitiço), temos tantas teses como temos conceitos, fora as traduções, é claro.

Como dissemos anteriormente, temos todo o respaldo e direito de usar o termo Bruxaria Tradicional, tal como muitos outros bruxos tem o direito de usar também em seus paises de origem, seja Traditional Witchcraft, seja Traditionelle Hexerei em alemão ou usar do termo Witchcraft Traidisiúnta na Irlanda.

O importante é que você siga com honestidade e sinceridade o seu caminho, e não se preocupe com os outros, com "verdadeiros bruxos", com o "primeiro bruxo", ou quem foi o "inspirado" a juntar Bruxaria com Tradicional (?), que francamente usar disto para se distinguir de uma outra linha, na qual fez parte, seria muito frágil e genérico.

Temos uma visão bem diferente dos fundamentalistas da década de 70, não acreditamos que bruxos devam ser anti-sociais, criminosos ou viver a margem da civilização, nem que devam ser pobres e andem descalços, essa é uma visão mítica da idade média, uma visão hollywoodiana, mas a falta de entendimento causam essas distorções.

Uma das questões que bruxos tradicionais prezam é a honra, o culto pela origem, nós da linha de Bruxaria Tradicional Ibérica, cultuamos e honramos o nosso idioma, aos ingleses que façam o mesmo, não estamos falando de traduções, estamos falando de honrar o caminho que seguimos, nós, por exemplo, nunca usaríamos Traditional Witchcraft Spanish, mas este tipo de conhecimento, é o nosso, é o de origem e não uma visão moderna.

Ao leitor que fique claro, nós não seguimos nenhuma linha que foi CRIADA na década de 70, os movimentos religiosos desta época se INSPIRARAM em culturas tradicionais, não nasceram de culturas tradicionais, melhor que falar de Antigas Religiões é pertencer a uma delas, coisa que é totalmente inviável ficar pulando de galho em galho, pois esses sistemas são por demais complexos e tomam todo o nosso tempo, agora fica a critério de qualquer um andar por onde quiser, eis a liberdade!

Cordialmente,

Ricardo DRaco

3 comentários:

  1. Honrar a sua terra, mais um belo princípio que seguem os bruxos!!!

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  2. Bruxos Tradicionais prezam pela simplicidade, nos mesclamos a natureza, somos parte dela e ela é parte de nós. Quem quiser fazer MBA de bruxaria que vá fazer mas certamente nunca entenderão oq que falamos! Ah, tolos! Até sinto dó daqueles que se apegam tanto a certificados que esquecem de viver a simplicidade, a sujar os pé de terra e lavá-los na beira de um riacho entoando canções de poder e agradecendo a beleza de fazer parte "desse" mundo!" Tolos, realmente tolos! rsrsrs

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  3. Pois é, não tem como aprender a Bruxaria, e os "mistérios" com um supletivo esóterico! Honremos nossas terras, raizes e a Natureza!

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Este blog tem conteúdo específico religioso (paganismo tradicionalista), caso não concorde... pelo menos respeite e vá a um blog que se destina a mesma vocação religiosa que acredita.