DIFERENÇAS DE TREVAS PARA OCULTISMO
Devido ao grande número de textos sem fundamento, sem base para analisar o que é realmente é bruxaria tradicional, muito embora o que esta exposto seja, por demais, óbvio. Estamos novamente cooperando para esclarecimento não somente dos autores, mas de todas as pessoas interessadas em Bruxaria Tradicional sem misticismo e ecletismos genéricos.
Primeira coisa é que “Arte das Trevas” não é sinônimo para Bruxaria Tradicional, o que cabe aqui é a palavra Ocultismo, que como o próprio nome diz, é o que está oculto, não aparente, e dentro desse oculto temos uma gama enorme, e aí sim multifacetada, de sendas incluindo a Bruxaria.
Não caro leitor, um bruxo tradicional sabe diferenciar o filme “Caça as Bruxas” com Nicolas Cage de uma senda mágica.
Sobre as questões do satanismo, cabe a quem tem vocação ou direcionamento para estas sendas se dedicarem a ela, pois sabemos que existem também divergências filosóficas. O caminho chamado de trevas, que vai parar no dualismo (Trevas X Luz) é comum nas seitas modernas, influência direta das religiões existentes de base cristã e igualmente indiretas do mitraísmo.
Para o leitor mais vivenciado sabe à hora de parar de ler um texto, principalmente na hora que começa o besteirol “Os satanistas também são bruxos” não meus caros, satanista são magistas, são feiticeiros, entenderam a falta de conceito? , falta de visão e em alguns casos teimosia.
Geralmente existe uma confusão com relação à ética e moral de um bruxo, o fato de se ter uma visão diferenciada, não quer dizer que ela é das trevas, ou que ela é do bem, pois esses conceitos dualistas não fazem parte do caminho de um bruxo.
O nome bruxo ou bruxaria já está classificado etimologicamente, mas levando em conta que somos humanos, e dentro disto, podemos circundar por qualquer local, seja dentro de uma igreja, seja num templo, seja em qualquer parte do mundo, porém sabendo o que somos, a nossa origem e todos os conhecimentos que são da bruxaria e o que são de outras sendas.
Caros, o que tentamos dizer aqui, e que muitos não compreendem, provavelmente devido à limitação intelectual, são definições apenas, mas todos são livres para fazerem o que desejarem, entenderem diversos sistemas mágicos, porém tendo entendimento que isto ou aquilo tem uma origem, um nome, advém ou não de uma crença tradicional.
Não estamos dizendo que se deva comer apenas macarrão, pode comer sushi, mas sabendo o que se esta comendo, em que restaurante, em que cidade você está, esta maneira generalista e “eclética” não faz parte do nosso tradicionalismo!
Vamos falar em “macarrão” o fato de se gostar de massa à moda italiana, sabemos que a origem do macarrão é chinesa, é simples assim, isso se chama conhecimento de culturas, isso faz parte do tal famoso termo “erudito” que muitos gostam de usar e não aplicam.
Sobre Stregharia, a que se apresenta nos dias de hoje, é apenas uma vertente da Wicca (com Manjericão), em nada tem haver com crenças italianas antes da idade moderna. Vejam bem “Lúcifer e Diana”, não lembra alguma coisa? Por exemplo o Deus e a Deusa? É só estudar sistemas mágicos para entender a base do que é apresentado. Mas tirando essa questão do sistema mágico é até coeso de falarmos em Lúcifer e Diana, pois faz parte de um panteão mitológico pagão, o problema é que muitos não gostam de buscar conhecimento de forma séria, e já tendem a distorcer qualquer coisa.
Imaginem quanto se desperdiça de tempo para tentar dividir bruxos tradicionais em eruditos X do campo, um claro desserviço prestado por pessoas mal esclarecidas, com isso tentam dizer bruxos da “cidade” e bruxos “caipiras” isto é risível, bruxaria tradicional em essência é uma crença que lida com preceitos de forma clara, esta visão generalista de bruxos como magistas é simplória e confusa, nada mais que isso, e sinceramente nós não temos interesse em julgar pessoas e sim promover o entendimento de nosso caminho, apenas mostrar o caminho tal como fizemos a décadas anteriores com movimentos neo-pagãos, mostramos apenas as diferenças de pensamento, de entendimento da magia que é diferente de crenças modernas tal como de ecletismos pseudo-bruxescos.
Nós simplesmente não reconhecemos tais atividades, por que somos conhecedores da origem dessas manifestações, para nós uma figueira, uma bananeira são espécies diferentes, nós respeitamos a diversidade e sabemos que cada coisa tem o seu lugar no universo, ao contrário de alguns magistas que gostam de dizer que tudo se resume à verde, é muito simples de observar esta questão.
Conheço bruxos isolados no meio de uma mata tal como conheço bruxos que investem na cultura, na política, porém o modo de se viver não implica na mudança de caminho, pois eles sabem de onde vieram os seus conhecimentos como também sabem lidar com suas vivências e aprendizados pessoais.
Resumindo, quando se tem conceito, quando se conhece sistemas mágicos, quando a sua formação educacional lhe ensina academicamente, onde consiga entender as várias culturas e suas tradições, tudo fica mais fácil, acreditamos que essa dificuldade, a falta de estrutura de pensamento, acaba desorientando o aprendiz e assim gera as famosas discussões e agressões pessoais, a isto não chamamos de sabedoria muito menos bruxaria.
FONTE: CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL
De fato é muito bom encontrar um lugar "são" sobre bruxaria tradicional, pesquisando na internet encontramos tantos satanistas wiccanos e afins que realmente fica difícil!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho!
Risos, de fato fica complicado, pois nem entre eles existe o comum senso, aliás na visão de alguns é apenas uma mistureba de sistemas mágicos aprendidos de forma superficial, e a obra do conjunto é gente bem perturbada.
ResponderExcluirPor isso, estamos voltando a ativa no mundo virtual, oferecendo um caminho sábio e coeso, para qualquer um que queira aprender.