quinta-feira, 30 de junho de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - Frases Mágicas

Estava revendo alguns materiais sobre pensadores, e algumas frases são sempre muito encantadoras e refletem o que todos deveriam ter como base para o seu caminho mágico/ religioso.

Eis algumas grandes verdades na peregrinação da alma.


"O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é o que formula as verdadeiras perguntas."
Claude Lévi-Strauss

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende."
João Guimarães Rosa

"O fracasso é a oportunidade de se começar de novo inteligentemente."
Henry Ford

"O primeiro passo para o conhecimento é sabermos que somos ignorantes."
Cícero

"É a doença de não escutar, o mal de não observar que me aflinge."
Shakespeare

"As pessoas raramente reconhecem a oportunidade porque ela surge disfarçada em trabalho árduo."
H. L. Mencken

"Não se pode ensinar tudo a alguém. Pode-se, apenas, ajudá-lo a encontrar por si mesmo."
Galileu Galilei

"Não faça com que a pressa de colher estrague o seu momento de plantar."
Geir Campos

 "Só os que não fazem nada nunca erram."
Teilhard de Chardin

"Nunca seja arrogante com os humildes. Nunca seja humilde com os arrogantes."
Jefferson Davis

“Eu chamo de bravo aquele que ultrapassou seus desejos, e não aquele que venceu seus
inimigos; pois a mais dura das vitórias é a vitória sobre si mesmo.”
Aristóteles (escritor e filósofo, GRE, 384-322aC)

"A ciência fez de nós Deuses antes mesmo de merecermos ser homens."
Jean Rostand

"As coisas não são difíceis de fazer, o difícil é nos dispormos a fazê-las."
Constantin Bracusi

"Uma longa viagem começa com um único passo."
Lao-Tsé

"Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o
verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes."
Gilbert Keith Chesterton, escritor inglês

"Quem não quer pensar é um fanático; quem não pode pensar é um
cretino; quem não ousa pensar é um covarde."
Sir Francis Bacon

"O maior perigo que se corre em uma viajem, é ela não começar."
Amyr Klink

Gratidão!

Ricardo DRaco

index-listagem-de-textos-e-artigos-02-2011

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Este tópico tem por função a indexização dos artigos e textos do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil para facilitar na busca dos artigos pelos por títulos do primeiro semestre de 2011.

 FEVEREIRO





  • Liberdade na Bruxaria Tradicional


  • Bruxaria e História - as práticas mágicas do Ocidente


  • SIGNIFICADO DAS PALAVRAS - Bruxo, Mago, Feiticeiro


  • Críticas perante Bruxos Tradicionais


  • Bruxaria Tradicional - Consagração da Terra Nativa...


  • Bruxaria Tradicional Lituana = Romuva


  • Dúvida de Leitor - Igreja de Bruxaria (?)


  • Busca pelo Poder Animal na Bruxaria Tradicional


  • Animal TOTEM - A influência dos animais em Brasões


  • Bruxaria Familiar em Portugal e Galiza.




  • OUTROS ARTIGOS DE 2011
    Indexando



  • ARTIGOS DE 2010
    Clique aqui!

    Cordialmente,
    Conselho de Bruxaria Tradicional
    http://www.bruxariatradicional.com.br/



  • quarta-feira, 29 de junho de 2011

    BRUXARIA TRADICIONAL - Politeísmo na Religião Gaulesa

              O Politeísmo Naturalista na Religião Gaulesa

    G. Roth e F. Guirand
    Tradução: Bellovesos /|\


    p. 203

    Politeístas como todos os primitivos (1), os gauleses veneravam principalmente divindades tópicas (isto é, ligadas a um local determinado) ou regionais.

    O Culto das Águas

    Os lugares elevados, os picos dos montes, eram por eles divinizados. O pico do Ger ("Garrus deus"), nos Baixos Pirineus, permaneceu nessa condição até o fim da dominação romana, enquanto os outros picos desceram pouco a pouco da posição de deuses para a de moradas de deuses. Por exemplo, "Dumias", nome do deus tutelar de Puy de Dôme, acabou por tornar-se um simples epíteto ligado a "Mercurius", cujo templo e estátua localizavam-se nesse cume.

    Contudo, a religião naturalista dos gauleses aparece mais destacadamente no culto das águas (rios, poços, fontes). Diva, Deva, Divona, "a Divina" era uma designação frequente dos rios gauleses, o que ainda testemunham seus nomes atuais: Dive, Divone, Deheune. "Nemausus", deus tutelar da cidade de Nîmes, era o gênio de sua fonte; "Icaunus", o de Yonne, etc. Numerosos eram os gauleses da Bélgica que se orgulhavam do nome "Rhenogenus", "filho do Reno". Borvo, Bormo ou Bormanus ("o Borbulhante"), deus das fontes termais, deu seu nome a muitas de nossas estações onde jorram águas quentes: La Bourboule, Bourbonne, Bourbon-Lancy ou L'Archambault.

    A mais característica dessas divindades era a deusa Epona. vista sempre acompanhada de um cavalo, com o qual forma um grupo inseparável. Na maioria das vezes, ela está sentada de lado em sua montaria. Envolta em um manto drapeado e adornada com um diadema, seus atributos são um corno da abundância, uma pátera e frutos. É, portanto, a deusa da abundância agrícola. Contudo, não é a água que traz fertilidade ao solo? Com efeito, Epona é uma divindade das águas, exata correspondente da fonte Hipocrene. Seus dois nomes equivalem [ao grego] (epos, ona = hippos, krêne) e significam "fonte equina" (2). Quanto à presença do cavalo ao lado dessa deusa, é suficiente recordar o lugar que esse animal possui na lenda de Posêidon.

    Muito popular na Gália, como o atestam as numerosas representações de Epona que foram conservadas, seu culto foi posteriormente importado pela Itália e pela própria Roma. Seu significado primitivo, no entanto, foi esquecido. Epona tornou-se a deusa protetora dos cavalos; é por isso que se colocavam suas imagens nos estábulos.

    Culto das Árvores
    As águas fecundam as florestas. Também os gauleses não esqueceram de adorar as árvores e bosques. Vosegus foi o deus tutelar dos "Vosges" silvestres; Arduina, a ninfa das "Ardennes"; Ardnoba, a da Floresta Negra.

    Na região dos Pirineus, muitas inscrições latinas dão-nos a conhecer os deuses-árvores: Robur (o carvalho-branco), Fagus (a faia), Tres Arbores (Trois-Arbres [três árvores]), Sex Arbores (Six-Arbres [seis árvores]), Abellio (a macieira; cf. "apple, apfel" nos idiomas germânicos), Buxenus (o buxo).

    Respeitado em toda a Gália, o carvalho pôde ser considerado por certos cronistas como o deus supremo dos gauleses. "É nos bosques de carvalhos que que os druidas têm seus santuários", assegura-nos Plínio, o Antigo ("História Natural", XVI, 249), "e não realizam qualquer rito sagrado sem as folhas do carvalho. Acreditam que a presença do visco revela a presença do deus sobre a árvore que o porta... Colhem-no com grande cerimônia. Depois de ter sacrificado dois touros brancos, um sacerdote, vestido com uma túnica branca, sobe na árvore e corta com uma foice áurea o visco, que será recolhido em um manto branco."

    A veneração dessa planta deixou traços em nossos costumes (2). Muitas pessoas consideram-na, sincera ou jocosamente, como um amuleto de boa sorte. E a força dessa tradição é ainda mais ativa no outro lado da Mancha (4).

    Culto dos Animais
    p. 204

    Os gauleses igualmente adoravam diversos animais. Cavalo, corvo, touro e javali eram animais sagrados que deram seus nomes a certas cidades (Tarvisium, Lugudunum [de "lugus", corvo]) ou tribos (Taurisci, Brannovices, Eburones) e dos quais encontramos muitas representações em moedas e baixos-relevos. Nas Ardennes venerava-se o javali; os helvécios das proximidades de Berne adoravam a deusa Artio ( = a ursa), na qual seria talvez ousado enxergar a equivalente da Ártemis grega.

    Vê-se no museu de Avignon, sob a denominação de "monstro de Noves", um urso sentado sobre as patas traseiras; com suas mandíbulas esmaga um braço humano e cada uma de suas patas dianteiras repousa sobre uma cabeça humana. Concorda-se em reconhecer nesse monstro devorador algum ídolo primitivo.

    No número dos deuses zoomórficos podem-se classificar também as serpentes com cabeça de carneiro que aparecem em diversos monumentos. Estão geralmente ligadas a um deus que as agarra pelo pescoço ou as mantém nos joelhos. Essa última postura parece afastar a ideia de uma luta entre o deus e as serpentes. Deve-se, portanto, vê-las como divindades ctônicas. O mesmo aplica-se à serpente chifruda que aparece ao lado do Mercúrio gaulês.

    Entre os animais divinizados, o que parece ter sido objeto de um culto bastante difundido é o touro. O fato nada possui de surpreendente, sendo esse animal o símbolo da força e do poder gerador e tendo sido divinizado de forma semelhante em outras mitologias. Pensemos, por exemplo, no touro cretense. O touro gaulês, porém, apresenta-se com certas peculiaridades assaz curiosas.

    Em um altar galo-romano exumado do solo de Paris está esculpido um touro em pé próximo de uma árvore; ele traz duas garças no dorso e uma na cabeça; é o Tarvos Trigaranus ("Touro com as Três Garças"). Questiona-se qual poderia ser o significado das três garças associadas ao touro. É verdade que esses mesmos pássaros encontram-se nos relevos do arco do triunfo de Orange e surgem repetidamente nos relatos da epopeia irlandesa. Não obstante, ao nos recordarmos de que há na mitologia gaulesa um deus tricéfalo – a que posteriormente nos referiremos – e que, por outro lado, possuímos figuras de touros com três chifres, pensou-se que o epíteto "trigaranus" não seria mais que uma deformação de "trikaranos", com três cabeças, e que o touro primitivamente adorado seria um touro tricéfalo, relacionado ao deus tricéfalo Cernunnos.

    Fonte:
    GUIRAND, Félix (direction). Mythologie Générale. Librairie Larousse. Paris (VIe.). 13 a 21, Rue Montparnasse, et Boulevard Raspail, 14. 1935. pp. 203-204.

    Notas:
    (1) O texto, embora útil, é sob alguns aspectos bastante datado. Igualar "politeísmo" a "primitivismo" é somente um deles (Nota do Tradutor).

    (2) Quando esse texto foi escrito, era bem menor do que hoje o conhecimento da antiga língua gaulesa. Sabe-se agora que o sufixo -(o)n- (também encontrado nos nomes de outros deuses, como Map-o-n-os, Vind-o-n-os, Rigant-o-n-a) é um aumentativo que significa "grande e divino". Assim, Epona significa não "fonte [ona] do cavalo [epos]" (a tradução da Hippokrene grega), mas "a grande égua divina". Talvez o entendimento do autor deva-se à lembrança da palavra "onno" do Glossário de Endlicher, que o escriba medieval traduz pelo latim "flumen", i. e., rio (Nota do Tradutor).

    (3) Entenda-se: dos franceses (Nota do Tradutor).

    (4) Isto é, nas Ilhas Britânicas (Nota do Tradutor).

    segunda-feira, 27 de junho de 2011

    BRUXARIA TRADICIONAL - Religião e Etnia

    Temos visto alguns pareceres e que devemos nos posicionar com relação ao nosso caminho como praticantes, já que este recebe críticas, palpites, desinformações, agressões, entre outras colocações que não agregam nem a simpatizantes tão pouco a praticantes.

    Vamos às questões abordadas:

    "Temos desinformação que confundem "bruxaria tradicional" com as religiões étnicas tradicionais do ocidente europeu. Por que os antigos, seja na Grécia, Roma, Gália, Lituânia, Germânia, não chamavam suas religiões de "bruxaria" (nas suas respectivas línguas)? Por um motivo simples: não eram"

    R. Por estas questões que nós do Conselho de Bruxaria Tradicional levamos informação e entendimento e não apenas as leituras históricas que por vezes falham na interpretação, e sempre vão faltar por uma questão básica, nenhum estudioso estava lá na antiguidade para afirmar se isto ou aquilo "eram ou não eram".

    Vamos prover alguns dados para que possamos entender melhor esta questão.

    Vamos na origem da palavra:

    Daremos primeiramente a origem do nome em sua etimologia, o termo bruxaria é de origem ibérica, embora alguns autores tentem provar que o vocábulo proveio do Latim, o provável é que ele já existia nos dialetos falados na Península Ibérica antes da chegada dos romanos, como foi o caso de bezerro, cama, morro e sarna. Esta hipótese é reforçada pelo fato de só aparecer nas línguas ibéricas (Português bruxa, Espanhol bruja, Catalão bruixa); se viesse do Latim, deveria também estar presente no Francês (que usa sorcière) e no Italiano (que usa strega), que também pertencem à família das línguas românicas.
    * Cláudio Moreno - Formado em Letras da UFRGS, com habilitação em Português e Grego. Doutor em Letras com a tese Morfologia Nominal do Português.

    Ou seja, temos aqui uma base acadêmica que menciona a origem do termo bruxo e a questão do nome dado por uma respectiva etnia (algum segmento ibérico). Com isso não estamos mencionando que era a religião predominante, mas que esta religiosidade já existia e no contexto étnico.

    Sobre outros povos fora dos Ibéricos, não iremos encontrar a palavra bruxo pela questão do idioma, mas podemos encontrar manifestações de igual significado, crenças essas que podem se alinhar com essas premissas pagãs, politeístas e de agregado cultural.

    Também deixamos claro que o que entendemos por Bruxaria Tradicional tem em sua origem crenças de famíliaS pagãS (Bruxaria Familiar) que mantinham uma religiosidade alternativa, paralela ou quem sabe oficial (isto vai depender do povo/ da sua localização/ da época) e que estas organizações têm por entendimento preservação destas crenças, práticas e costumes bem como os estudos acadêmicos, ou seja, continuidade nas tradições (Bruxaria + Tradicional).

    Deixamos transparente também que este fenômeno religioso (bruxaria) é originário do continente europeu, muito embora iremos encontrar em outros continentes pelos mecanismos de migração.

    Por que Bruxaria é religião? Devido à origem do termo (etimologia) sem influência de terceiros.

    Religião (do latim: "religio" que significa "prestar culto a uma divindade" ou simplesmente "religar") é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um agente sobrenatural, ou a relação dos seres humanos ao que eles consideram como sagrado, espiritual ou divino.

    "entramos na divisão histórica entre a religião dominante de um povo (que é uma religião comunitária-cívica-tribal) e as práticas "paralelas-desviantes" (que são mais relativas a corporações iniciáticas fechadas e minoritárias, cultos domésticos e práticas pessoais - que podem ou não, divergir do discurso e práticas oficiais comunitárias)"

    Com o advento da Igreja Católica qualquer manifestação religiosa passou a ser desviante, mesmo àquelas mais isoladas geograficamente e que poderiam ser, em tese, a religião oficial para um determinado povoado.

    Resumindo a questão, devemos tratar esses movimentos de crença com maior entendimento e respeito, pois existe a grande necessidade de entender a linha de tempo, as questões regionais de crença, as influências entre religião e estado, a visão dos povos, entre tantos outros detalhes que qualquer parecer não devesse ser totalmente conclusivos diante desse enigmático quebra-cabeça.

    Cordialmente,

    Termo Religião para a Wicca e Bruxaria Tradicional



    Temos observado um constante movimento tentando “esclarecer” estas questões, alguns a favor outros contra, o motivo esta ligado as diferenças de entendimento sobre o termo religião, a base de consulta é muito importante, algumas pessoas levam em conta o que autores e pensadores conceituam, ou seja, entendimento de terceiros que geralmente estão influenciados por uma determinada religião, por algum entendimento pessoal ou entendimento dado a algum momento histórico, fugindo totalmente da origem da palavra.

    O melhor caminho para a interpretação é sem dúvida a origem da palavra, é o fundamento etimológico, ou seja, é a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado através da análise dos elementos que as constituem.

    Sendo assim o termo coeso e etimológico para religião esta ligado a este significado:

    Religião (do latim: "religio" que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar") é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um agente sobrenatural, ou a relação dos seres humanos ao que eles consideram como sagrado, espiritual ou divino.

    Portanto, não estamos colocando em check a questão de como alguma religião irá ou se comportou diante da sociedade, e quais serão os pontos ligados a moral, ao agregado social, pois estes parâmetros devem ser analisados especificamente para cada povo.

    A Wicca como a Bruxaria são religiões no ponto de vista que consideram a criação através de um agente sobrenatural, tal como trata do espiritual e do culto a divindade.

    Algumas pessoas tendem, de forma simplória, a entender que o foco são apenas as "artes mágicas", se assim o fosse não haveria a necessidade de culto a divindade, o que esta totalmente fora das expressões religiosas que vemos em ambas, seja no culto a Deusa, seja no culto aos deuses, de fato o grande problema dentro do movimento ocultista seja a falta de conceito e seus significados, a feitiçaria reconhecida por artes mágicas, são uma parte dos cultos religiosos, são ferramentas e as encontramos em diversas crenças.

    Alguns pontos que deveríamos refletir e aceitar com relação a ambas.

    A Wicca foi CRIADA por Gardner, independente se houve ou não influência de Bruxos Tradicionais, independente de qual grau ela se INSPIRA na antiguidade, e devemos entender o crescimento desorganizado e potencializado pelas auto-iniciações, sem contar o título de "sacerdotes" dado em um período extramente curto.

    Já na Bruxaria Tradicional, temos uma multidão de "hereditários" que nada herdaram; tudo fica claro e coeso com o rótulo de bruxaria, pois o magista sabe que esta ligado estritamente ao paganismo e tem ciência do seu agregado, o problema é quando insere o termo tradicional, daí temos teses que não querem vincular ao paganismo, que se ligam ao culto monoteísta, a prática da demonologia, da marginalização, entre outras falácias.

    E como podemos atravessar essas dificuldades conceituais religiosas?

    Seriam em estudar com pessoas sérias? Temos visto sempre este termo "pessoas sérias", mas muito mais do que isso, precisamos de pessoas inteligentes, seres pensantes e pesquisadores, e quanto aos questionadores? Será que devemos ser apenas críticos?

    Nós do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil entendemos com base na origem dos conceitos, na origem das crenças, por esta questão entendemos que Bruxaria é uma RELIGIÃO em essência, com base etimológica e diferente dos processos vividos entre estado e sociedade ocorridos em determinados povos, que obviamente tiveram expressão, contudo devemos focar na função primordial da palavra.

    Bruxaria Tradicional são as crenças pré-cristãs? Sim e analisamos a origem destes costumes e crenças ao qual nos servem de fonte para nossos estudos, entretanto não afirmamos que ela inicia e termina nesse período de tempo, ela é continua, contudo para os que seguem um caminho baseado em crenças nativas é natural o foco tradicionalista, na essência da sua espiritualidade, por isso dentro da Bruxaria Tradicional são comuns diversas matérias acadêmicas com relação ao estudo histórico, isto faz parte das pesquisas e nos dão maior entendimento sobre a identidade dos povos, tal como funciona o estudo mitológico, teológico e a matéria do tão polêmico reconstrucionismo.

    Por estas e outras questões que é necessário cada vez mais, diante da quantidade de pessoas que se interessam pelo tema, prover conhecimento sólido, independente se o individuo tem o tal "sangue bruxo" visto que se somente assim o fosse, era melhor colocar sangue em um pote e colocar os ouvidos para escutar o tal conhecimento! Não meus caros, nem todos têm o tal requerido dom intuitivo ou "mediúnico", é necessário arregaçar as mangas e ter um trabalho sincero de estudos, se assim o fosse, não teríamos tantas distorções e achismos "intuitivos" na internet.

    Espero mais uma vez dar mais entendimento ao leitor, para que sempre reflita e tenha mais argumentos para um caminho claro e direto dentro destes segmentos tão polêmicos e tão desrespeitados tanto por pessoas de fora como de "praticantes".


    Grato,

    Ricardo DRaco

    terça-feira, 21 de junho de 2011

    Culto Grego Secreto, os Mistérios de Elêusis

    Ninguém sabe ao certo os detalhes, pois não há relatos deixados por pessoas que participaram realmente da cerimônia. Os Mistérios de Elêusis eram o mais famoso ritual religioso secreto da Grécia antiga, realizado entre os séculos 6 a.C. e 4 d.C. As primeiras referências a eles são de autores cristãos, que viveram bem depois e que estavam mais interessados em tachar aquilo como coisa de pagão. Além disso, tudo o que ocorria nos Mistérios sempre foi cercado de segredo - os participantes que revelassem algo podiam até ser condenados à morte. Com tantas dificuldades para desvendar esse enigma, os historiadores têm apenas algumas pistas. "Os Mistérios de Elêusis eram cerimônias de iniciação, com algum ritual pessoal a ser executado pelo novo participante. O culto era complexo, desenvolvido em vários dias. Há fragmentos de informações que permitem apenas perceber relances da celebração", diz a arqueóloga Elaine Veloso Hirata, da Universidade de São Paulo (USP).

    A inspiração para os Mistérios de Elêusis está num mito do poema Hino a Deméter, atribuído ao poeta grego Homero. Segundo a lenda, Perséfone - filha do principal deus grego, Zeus, e da deusa da agricultura, Deméter - fora raptada por Hades, rei do mundo subterrâneo, que a forçara a se casar com ele. Desolada, Deméter saiu em busca da filha, esquecendo suas responsabilidades como deusa, o que prejudicou as colheitas e trouxe a fome para os mortais. Em sua jornada, Deméter teria ido a Elêusis, cidade a 23 quilômetros de Atenas, onde se tornou amiga da família que governava o local, que construiu para ela um templo, onde a deusa passou a morar. Quando Deméter, afinal, recuperou a filha, as colheitas voltaram mas, como parte de um acordo entre os deuses, Perséfone seria obrigada a ficar um terço de cada ano ao lado do marido, Hades, sob a terra. Esse mito simbolizava os períodos da agricultura grega.

    Os quatro meses que Perséfone passava no reino subterrâneo de Hades representavam o período improdutivo, logo após a colheita e no ápice do verão; o retorno dela marcava o renascimento trazido pelas chuvas de outono, que permitiam a a semeadura da próxima safra. Toda cerimônia dos Mistérios de Elêusis é recheada de referências a essa mitologia. Não havia restrições para quem quisesse participar dos rituais, que reuniam até 3 mil pessoas. Qualquer um que falasse grego, incluindo mulheres e escravos, podia ir no culto. A cerimônia entrou em declínio quando as cidades gregas estavam sob o domínio do Império Romano e o imperador Constantino passou a promover o Cristianismo, no início do século 4. As religiões pagãs foram proibidas e seus templos destruídos. No ano 395, quando os romanos já tinham dificuldades de conter as invasões bárbaras, povos germânicos destruíram Elêusis. O local ficou abandonado até o século 18, quando escavações revelaram um pouco dos mistérios que ainda intrigam os especialistas.

    Cenas enigmáticas Ritual tinha procissão, encenações e até efeitos especiais
    1 - O culto era em meados de setembro e a preparação incluía sacrifícios de animais e dias de jejum para os candidatos a iniciados, os mystai. O dia da cerimônia começava com uma procissão que partia de Atenas, ao amanhecer, com destino a Elêusis. Com ramos de murta (um arbusto) nas mãos, os mystai caminhavam como se seguissem os passos da deusa Deméter em busca da filha Perséfone. Sacerdotisas carregavam objetos sagrados dentro de cestas sobre a cabeça.
    2 - Ao cruzar o rio Kephisos, os mystai assistiam a encenações em que uma mulher, ou um homem em trajes femininos, representava Baubo, ser que simbolizava o divertimento. Segundo a mitologia grega, Deméter, triste pela perda da filha, só teria conseguido sorrir quando Baubo, na forma de uma velha desbocada, contou-lhe piadas, fez gestos maliciosos e levantou a roupa para mostrar a própria genitália.
    3 - Em um trecho mais adiante da procissão, os mystai tomavam uma bebida supostamente alucinógena feita para a cerimônia. Sob o efeito desse misterioso líquido, eles carregavam uma estátua de Dioniso - deus grego da fertilidade, do vinho e da embriaguez - e invocavam o nome dele. Ao passarem por um segundo curso d’água, o riacho Rheitoi, os mystai eram reconhecidos como iniciados após repetirem algumas frases que descreviam todo o ritual dos Mistérios.
    4 - Ao anoitecer, a procissão chegava a Elêusis para uma cerimônia num templo chamado Telesterion. Essa era a fase final e mais secreta do ritual. Sabe-se que era comandada por um sacerdote, o Hierofante. Acredita-se que a celebração misturava efeitos especiais rudimentares, como luzes misteriosas, com a exibição de falos - representações do pênis, adorado pelos antigos como símbolo da fecundidade da natureza. É possível que houvesse também a dramatização de cenas do Hino a Deméter.


    Cordialmente,

    UMA BRUXA É ASSIM: ESTRANHA GENTE.

                  Por Graça Azevedo / Senhora Telucama

    É gente de conteúdo interno que transcende a compreensão medíocre, simplória. É gente que tem idealismo na alma e no coração, que traz nos olhos a luz do amanhecer e a serenidade do ocaso. Tem os dois pés no chão da realidade. É gente que ri, chora e se emociona com uma simples carta, com um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago. É gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais. Admira paisagens. Poeira traz lembranças de chão curtido de sonhos passados. Escuta o som dos ventos. Dança a dança do mundo pelo simples prazer de dançar. É gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternura, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si. Emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser! É gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam. Gente que semeia, colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto. É gente muito estranha as Bruxas. Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Gente que fala com plantas e bichos. Dança na chuva e alegra-se com o sol.
    Cultua a Lua como Deusa e lhe faz celebrações... Eh!Gente muito estranha essas Bruxas. Falam de amor com os olhos iluminados como par de luas cheias. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, com a mesma energia das grandes marés, que vão e voltam em uma harmoniosa cadência natural. Apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentores suas lágrimas e sofrimentos. Amam como missão sagrada e distribuem amor com a mesma serenidade que distribuem pão. Coragem é sinônimo de vida, seguem em busca dos seus sonhos, independente das agruras do caminho. Essa gente, vê o passado como referencial, o presente como luz e o futuro como meta. São estanhas as Bruxas! Acreditam no poder do feminino, estão sempre fazendo da maternidade a sua maior magia e através da incessante luta pela paz chegam a divindade de existir pelo amor da Grande Mãe, a Natureza. Da mesma forma que produzem um belíssimo visual, de elegância refinada com as raias da vaidade, se vestem como verdadeiras Bruxas medievais a caminho do patíbulo. Ilumina de beleza e jovialidade o corpo físico com habilidade mágica e com facilidade transforma-se, permitindo-se um sóbrio aspecto de velha senhora, a depender da lua nos seus espíritos.
    Cultuam as sagradas tradições como forma de perpetuar as leis que regem o universo, passam de geração para geração a fonte renovadora da sabedoria milenar. São fortes e valentes, ao mesmo tempo humildes e serenas. São leoas e gatinhas, são muito estranhas as Bruxas. Com a mesma habilidade que manuseiam livros codificados, o fazem com panelas e vassouras... São aventureiras e criam raízes, dançam rock, valsa e polka, danças sagradas, e inventam o que precisa ser inventado. Criam e recriam. Contam contos e histórias de fadas, e carochinhas, contam suas próprias histórias... Falam de generosidade e de todas as daides em exercício constante, buscam a plenitude como propósito... Interessante essa gente, essas Bruxas. Se obrigam tarefas, de evoluir, de amar e dividir... Falam de desapego em plena metrópole, em meio às tecnologias. Recitam músicas sagradas e populares e se emocionam com as folclóricas. Mexem com ervas e chás, são primitivas e avançadas. Pulam da mesa do rei para um abrigo montanhês com o mesmo sorriso enigmático de prazer e sabedoria que iluminava a face das suas ancestrais. Degustam um pão artezanal, receita medieval da velha.
    Senhora das montanhas com a mesma gula que o fazem em um banquete cinco estrelas, com pães ultra sofisticados daquela celebridade da cozinha francesa. Amam em esteiras e em grandes suítes, desde que estejam felizes, pois ser feliz é sempre a única condição dessa gente estranha. É gente que compra briga pela criança abandonada, pelo velho carente pelo homem miserável, pela falta de respeito humano... é gente que fica horas olhando as estrelas, tentando decifrar seus mistérios, e sempre conseguem. Gente que lê em fundos de xícaras, em bolas de cristal, Tarô, com pedras, na areia, nas nuvens, no fogo, no copo d’água... São muito estranhas! Oram para elementais, anjos e gnomos. Falam com intimidade com os Deuses e lhes chamam para um círculo, fazem fogueiras e dançam em volta... Viajam de avião, a pé, de carro e em lombos de animais, agradecendo pelas oportunidades que a vida lhes dá... Aliais, essa gente estranha agradece por tudo, até pela dor, que chamam de mãe, pois acreditam que é a forma mais rápida para a evolução...Se reúnem em escolas Iniciática que chamam de Coventículos, para mutuamente se bastarem, se protegerem se resguardarem, resgatar valores, estudar, muito estranhas são as Bruxas. Mas estranha mesmo é a fé que as mantém vivificadas ao longo do passar das eras. Que seja abençoada toda essa gente estranha... E desconfio que é deste tipo de gente que os deuses precisa para o terceiro milênio...

    segunda-feira, 20 de junho de 2011

    BRUXARIA TRADICIONAL - O Altar e a Tradicionalidade

    O Altar na Bruxaria Tradicional
    Copyright © Gustavo Elias 2001
     
    Hoje em dia, encontram-se muitos livros sobre a Bruxaria Moderna contendo capítulos a respeito da montagem de um altar. Geralmente há listangens de possíveis elementos a serem colocados em cada ponto cardeal resultando em elaboradas mesas ritualísticas contendo, muitas vezes, objetos os quais as humildes bruxas da antigüidade seriam impossibilitadas de adquirir.
    Isto significa que estes objetos são supérfulos para o praticante dos dias de hoje?  A resposta, como muitas questões na Bruxaria, seria sim e não. Para o praticante da Bruxaria Moderna, e até mesmo para aquele que segue a Bruxaria Tradicional, estes elementos, de início, o ajudam a transportar sua mente para o universo da magia e acabam tornando-se poderosos instrumentos quando são capazes de realizar esta conexão.
    No entanto, para quem deseja seguir o caminho da Bruxaria Tradicional, é importante que o indivíduo despreenda-se destes elementos, procurando entender a simplicidade da Bruxaria. Você consegue imaginar uma Bruxa ou Bruxo em tempos antigos utilizando todos estes acessórios ritualísticos? O que é REALMENTE NECESSÁRIO para a sua pratica ritualística? Pense nisso. As vezes é realmente uma tentação utlilizar toda aquela parafernália, mas se irá realizar alguma prática fora de sua casa, como por exemplo na floresta, você realmente sente a diferença quando carrega 1/10 do peso que carregava antes! A natureza contém todos os elementos necessários para o nosso trabalho mágico. E aos poucos, você aprende a localizar tudo o que precisa para realizar um feitiço ou uma celebração.
    Chegamos então a um ponto importante: a montagem do altar. Para algumas tradições de Bruxaria Tradicional, o altar pode ser tão simples como um cajado com ponta dupla fincado na terra e adornado com símbolos sazonais. Para decorá-lo, você poderá utilizar-se de elementos da própria natureza como flores e plantas do estilo trepadeira. Use sua criatividade para tê-lo de acordo com cada estação e propósito ritualístico. Este mesmo cajado poderá ser utilizado normalmente em suas caminhadas pela Natureza e em suas invocações no lugar do athame (faca ritualística).  Você poderá também ter uma vela ou lamparina ao lado de sua base, e terá tudo o que precisa para iniciar seus trabalhos.
    Outras tradições fazem uso de objetos com formas naturais encontrados na natureza tais como pedras ou tronco de árvores para a montagem da mesa ritualística. Nela, o praticante poderá colocar os elementos mais básicos a serem utilizados por ele tais como um incenso em palito (se não estiver queimando ervas secas), faca ritualística, corda, pano ou outro acessório dependendo do que for feito.
    O importante é ter sempre em mente a simplicidade da Arte e buscar sempre a sintonia com os Antigos Costumes e os Ancestrais. Desta forma, o praticante Tradicional terá a certeza de que seus trabalhos condizem com a linha que deseja seguir.
     
     
    Copyright © 2001 Aengus Mac ind Óg

    sábado, 18 de junho de 2011

    BRUXARIA TRADICIONAL - Novo Canal de Filmes

    Nas atualizações do site do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil, abrimos mais um canal ligado ao entretenimento! Sempre bons projetos e que fazem bem a alma peregrina!





    Como sabem temos alguns eventos ligados a esportes radicais, vejam o link abaixo e se informem, o próximo será no dia 31/07, um rapel bruxesco para associados, não é associado? Fácil entrem AQUI!




    Agora abrimos o nosso Canal de Filmes, com indicações de membros e com um breve resumo do filme, traga suas sugestões e nos escrevam! Vamos compartilhar o conhecimento!



    Cordialmente,

    Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil
    http://www.bruxariatradicional.com.br/

    sexta-feira, 17 de junho de 2011

    BRUXARIA TRADICIONAL - Bebida Sagrada dos Mistérios de Elêusis

     Kykeon (Gr. κυκεών, de κυκάω, "para mexer, para misturar") foi uma bebida grega composta principalmente de água, cevada e substâncias que ocorrem naturalmente. Foi usado no clímax dos Mistérios de Elêusis para prática de êxtase, mas era também uma bebida favorita dos camponeses.

    Kykeon é mencionada em Homero nos textos:
    A Ilíada descreve-o como sendo composto de cevada , água, ervas e queijo de cabra (XI, 638-641).
    Na Odisséia, Circe acrescenta mel e derrama sua poção mágica (X, 234).
    No hino homérico a Deméter, a deusa se ​​recusa o vinho tinto, mas aceita kykeon feita a partir de cevada, água e poejo.

    Era suposto ter propriedades digestivas. Hermes recomenda em Aristófanes Paz “(v. 712) para o herói que comiam muita fruta seca e nozes”.

    A fórmula divide os especialistas, entre os possíveis ingredientes estariam o poejo (erva aromática levemente alucinógena), o ópio ou, ainda, cravagem (uma infestação de fungos que aparece em cereais). Se essa última hipótese valer, entre os componentes solúveis da bebida estaria à ergotina, matéria-prima do LSD.

     A hipótese original dos Mistérios de Elêusis sugere que a espécie Claviceps purpurea (um fungo), coletada e utilizada pelos sacerdotes advindo da cevada das planícies da região era o provável ingrediente ativo da poção psicoativa usada no rito anual em Elêusis. Foi ainda sugerido que os hierofantes teriam processado a Claviceps purpurea dissolvendo os alcalóides solúveis em água, uma vez que esta fração contida é o composto principal da hipótese psicoativas de um ácido lisérgico muito semelhante à estrutura do psicoativo LSD.


    Albert Hofmann, escreveu que o Claviceps paspali (outro fungo) não era apenas comum na cevada, mas sobre as gramíneas selvagens da região continha uma mistura muito mais psicodélica de alcalóides.

    Existe uma grande variabilidade reconhecida de alcalóides de acordo com as condições locais conforme cada matéria parasitada por fungos, algumas conhecidas e com relativas ao século 50 aC e algumas teses que levam a 600 aC.

    Outros fatos relevantes para a poção kykeon e suas relações com ritos e que havia famílias de hierofantes que controlavam e mantinham em segredo a receita da beberagem, tal era a importância com o sagrado, o kykeon foi desvendado em pelo menos uma ocasião revelada pela historia para o uso de um "coquetel" em Atenas, profanando o rito sagrado e sua poção. 

    Algumas características do ingrediente ativo, talvez a maneira em que foi recolhida e / ou preparada, devem ter sido demasiadamente simples, de acordo com as habilidades técnicas da época, ainda não facilmente observado por espiões, nem intuído por estranhos. Algum truque químico ou agrícola deve ter sido envolvido, e que deve ter sido uma forma que foi difícil de observar por parte de estranhos, algo feito na privacidade do templo por sacerdotes, ou, se feito em público, algo que, para um forasteiro, parecia ser uma atividade normal aos sacerdotes, tal como atividades rotineiras, talvez uma "bênção do grão", ou algum ritual desse tipo. 

     O fato de que a receita foi mantida em segredo por quase dois mil anos pode muito bem indicar que uma mentira muito eficaz tenha sido utilizada para protegê-la. Assim, devemos aprofundar muito mais sobre as possibilidades da cravagem do centeio, em vez de postular, na base de que a receita publicada foi pelo menos parcialmente um engano, que o kykeon poderia ter sido uma preparação feita a partir de cogumelos, como tem sido sugerido por alguns. Se o Hino a Demeter especifica a cevada, é muito provável que o kykeon tem algo a ver com a mesma, cogumelos não têm nenhuma relação com cevada. E a hortelã especificada na receita também apoiaria a hipótese de fungo, a hortelã é um remédio conhecido para a náusea de psicodélicos como o ácido lisérgico.
    Vários aspectos do Rito e que sabemos sobre os cogumelos fazem a hipótese improvável. O rito foi realizado a cada ano e em um momento definido com precisão no mês de setembro. Muitos milhares de exemplares seriam necessários em uma época do ano que o clima da Grécia seria desfavorável à colheita, embora existam áreas montanhosas de 1000 metros de altitude e estão dentro de dez ou 20 km de Elêusis, é muito improvável que tais quantidades de cogumelo selvagem poderiam ter sido localizadas tão cedo no ano antes das chuvas de outono, ou que os hierofantes poderia ter coletado tais quantidades a cada ano e os transportado de volta para Elêusis sem o segredo de a sua atividade escapar.

    A conexão kykeon com cevada, indicou claramente em muitas fontes, também não teria sentido ser o ingrediente ativo um cogumelo.
    Como observado nos Mistérios de Elêusis os gregos estavam bem familiarizados com uma ampla gama de inebriantes de ervas, e como se preparar "vinhos” adequados para muitas finalidades.

    No rito os iniciados, sensibilizados obtinham revelações espirituais e intelectuais. É provável que o culto a Deusa Demeter propagasse a papoula de Creta para Elêusis e é certo que o ópio era produzido a partir de papoulas em Creta.

     Terence McKenna especula que os mistérios foram centrados em torno de uma variedade de cogumelos e plantas psicoativas, existem hipóteses recentes que sugerem que a tecnologia de cultivo dos cogumelos era conhecida no antigo Egito a qual poderia facilmente ter se espalhado para a Grécia.

    Outra teoria é que o kykeon foi uma analogia tal como a poção da Ayahuasca envolvendo dois componentes que se completavam numa estrutura psicoativa.

    Uso de poções para fins religiosos era relativamente comum na Grécia e no mundo antigo.

    Cordialmente,


    BRUXARIA TRADICIONAL - Dionísio de Alexandria

    Dionísio de Alexandria, chamado o Grande, foi o patriarca de Alexandria, entre os anos de 248 e 265. Há muitas informações sobre Dionísio em virtude da extensa correspondência expedida por ele em vida. Porém, apenas uma das cartas originais sobreviveu e conhecemos as demais pelas transcrições feitas por Eusébio de Cesareia em sua História Eclesiástica. No entanto, estas informações são mais detalhadas a partir da eleição ao episcopado.

    Dionísio nasceu numa família pagã rica na transição do século II para III dC. Ele despendeu a maior parte de sua vida lendo livros e cuidadosamente estudando as tradições pagãs.
    Convertendo-se ao Cristianismo já numa idade avançada e discutiu sua experiência de conversão com Filemon, um presbítero de Sisto II. Ele se converteu após ter recebido uma visão, que ele atribuiu a Deus. Nela, ele foi vigorosamente comandado a estudar as heresias que estavam desafiando a igreja cristã para que pudesse refutá-las através do estudo da doutrina. Após sua conversão, Dionísio se juntou à famosa Escola Catequética de Alexandria e foi um aluno de Orígenes e Héraclas de Alexandria. Mais tarde, Dionísio se tornou presbítero da igreja cristã e sucedendo Héraclas (que se tornou patriarca) como reitor em 231 dC. Em seguida, ele foi elevado à posição de Patriarca de Alexandria (Papa das igrejas que se tornariam, no futuro, a Igreja Copta e a Igreja Ortodoxa de Alexandria) em 248 dC, sucedendo o já falecido Héraclas[2].

    Segundo Jerônimo, ele faleceu no décimo-segundo ano do imperador Galieno, em 264-265. Dionísio é considerado santo pelas Igrejas Católica Romana e Ortodoxa, sendo sua festa comemorada em 17 de novembro.

    Criou obras tal como o conjunto de epístolas sobre a data da Páscoa, sobre as perseguições e sobre assuntos diversos da igreja: Sobre Mortalidade, Sobre o Sabbath Judaico. Além disso, várias comunicações com outros bispos

    Mais tarde, quando Décio se tornou o imperador, um edito foi publicado, ordenando a todos os cidadãos - incluindo, obviamente, os cristãos - que prestassem culto aos deuses imperiais. Em virtude disto, Dionísio fugiu, escondendo-se em Mareótis e, mais tarde, no deserto da Líbia. "Esta fuga lhe custará, como a Cipriano, um ataque por parte dos mártires, fato que explica a posição por ele assumida em controvérsias posteriores".

    Em 251, Cornélio foi eleito bispo de Roma. No entanto, ele foi acusado de ter comprado um certificado de sacrifícios aos deuses imperiais (o libellus) a fim de escapar da perseguição. O grupo que não concordava com isto elegeu um outro bispo, Novaciano, "que pregava a severidade contra aqueles que não haviam confessado a fé durante a perseguição". Nesta contenda, Dionísio manifestou-se claramente a favor de Cornélio, pois também ele era acusado de não sustentar claramente a confissão cristã durante a perseguição.

    Quando Estevão sucedeu a Cornélio, deu-se uma outra crise. Como Novaciano havia batizado muitos fiéis durante seu episcopado rival ao de Cornélio, surgiu a questão: o que fazer com estes batizados, já que Novaciano não era considerado o bispo verdadeiro? Estevão de Roma readmitiu tais fiéis na Igreja, apenas impondo-lhes as mãos como sinal de autoridade. Cipriano de Cartago, no entanto, não concordava com esta prática, pois considerava nulo o batismo de Novaciano. Por isso, tais fiéis deveriam ser rebatizados. "Informado por Cipriano, Dionísio tomou o partido deste, em muitas cartas por ele enviadas a Roma, sob Estevão e seu sucessor Sisto II"

    Controvérsia sobre a doutrina da Trindade - Neste mesmo período, na Pentápolis líbia, surgiu uma controvérsia a respeito da doutrina da Santíssima Trindade. O bispo de Ptolemaida foi acusado de sabelianismo pelos seus colegas. Tantos os favoráveis quanto os contrários apelaram à autoridade de Dionísio, que se manifestou contrário ao bispo. Este mesmo bispo apelou ao bispo de Roma, também chamado Dionísio, que enviou uma carta à Igreja de Alexandria reprendendo seu homônimo. "Dionísio de Alexandria se desculpou com uma 'Confutação e apologia' em quatro livros". Atanásio cita fragmentos destas obras em seu livro De sententia Dionysii.

    Cordialmente,

    quinta-feira, 16 de junho de 2011

    BRUXARIA TRADICIONAL - Indicação de Filme - Alexandria

    9701414197 Alexandria Dublado RMVB DVDRip
    Sinopse: Sob o domínio Romano, a cidade de Alenxadria é palco de uma das mais violentas rebeliões religiosas de toda história antiga. Judeus e cristãos disputam a soberania política, econômica e religiosa da cidade. Entre o conflito, a bela e brilhante astrônoma Hypatia (Rachel Weisz) lidera um grupo de discípulos que luta para preservar a biblioteca de Alexandria. Dois deles disputam o seu amor: o prefeito Orestes (Oscar Isaac) e o jovem escravo Davus (Max Minghella). Entretanto, Hypatia terá que arriscar a sua vida em uma batalha histórica que mudará o destino da humanidade.

    Informações Do Filme:

    Nome Original: Agora

    Nome Traduzido: Alexandria

    Direção: Alejandro Amenábar


    Cordialmente,
    Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil
    http://www.bruxariatradicional.com.br/

    Conselho de Bruxaria Tradicional indica - Grupo de Estudo da CLAN

    Segue indicação de afiliado.

    O Círculo da CLAN - Bruxaria Tradicional Ibero-Celta abre grupo de estudos para aprendizes, o curso é de 30 dias totalmente on-line e ao termino a celebração dos Festejos dos Portais da Primavera (Oimelc).

    O custo é baseado em rateio entre iniciados e aprendizes.

    Cordialmente,
    Conselho de Bruxaria Tradicional
    http://www.bruxariatradicional.com.br

    quarta-feira, 15 de junho de 2011

    Como se afiliar ao Conselho de Bruxaria Tradicional

    Afiliação ao Conselho de Bruxaria Tradicional


    PROPOSTA
    O Conselho de Bruxaria Tradicional iniciou suas atividades em Julho de 2010 e reuniu em seu conselho pessoas de expressão e ligadas a trabalhos para com a comunidade pagã.
    Os membros conselheiros são orientadores de grupos e já realizavam projetos sociais e de divulgação da bruxaria, porém determinam para o CBT base para ampliação de projetos e eventos direcionado para membros e simpatizantes de um caminho espiritual tradicional, de base campesina, politeísta, de magia natural, voltado aos Cultos da Terra.

    VANTAGEM
    Existem diversos motivos para se associarem ao CBT que serão citados abaixo:
    - Envolvimento com pessoas que desejam uma bruxaria desmarginalizada, com equiparação de direito fornecidos pelo governo a outras vertentes religiosas;
    - Agregar e participar de projetos divulgados pelo conselho;
    - Fraternidade com pessoas que acreditam em elementos religiosos comuns;
    - Ter uma referência institucional de linha de crença;
    - Ter a possibilidade de apoio em projetos e divulgações;
    - Não existem contribuições obrigatórias, inscrições ou taxas para afiliação;
    - Divulgação de espaços e facilitadores/ orientadores éticos;
    - Receber dicas de leituras, palestras e eventos;
    - Poder participar de grupos de estudo e ingressar nos círculos mágicos de conselheiros e parceiros ligados ao segmento tradicional de Bruxaria.

    QUEM PODE SE ASSOCIAR?
    Todas as pessoas que buscam conhecimento, entretanto para participação de alguns eventos e rituais a necessidade de ter mais de 18 anos ou acompanhado por responsável.
    COMO SE ASSOCIAR?
    É muito simples, somente enviando um email para nossa lista informativa:
    bruxaria-cbt-subscribe@yahoogrupos.com.br e confirmar o email do yahoogrupos.
    * Futuramente criaremos um cadastro segmentado por região para facilitar a interação entre os eventos.

    Declaramos que:
    - Mantemos nossa soberania como instituição, mesmo havendo parcerias com outras instituições;
    - Cada conselheiro tem total independência em seu grupo, portanto o CBT não é responsável e nem provê auditoria a círculos mágicos;
    - O CBT é uma instituição que regula procedimentos administrativos para afiliados, ou seja, de ordem interna;
    - Embora o CBT acredite na legalização da Bruxaria, a instituição se dedica em sua totalidade para criação de projetos e eventos de base social pagã;
    - Não estamos envolvidos e não buscamos a centralização religiosa da bruxaria. Acreditamos na diversidade e segmentação religiosa, com transparência em suas práticas e nomes;
    - O CBT representa diretamente os conselheiros e exclusivamente os associados;
    - Não temos ligação alguma com ordens iniciáticas da década de 60 ou entidades modernas com necessidades por títulos antigos, nosso caminho é direcionado a sabedoria e ao êxtase, em total equilíbrio com as manifestações da Natureza, da Ancestralidade, do Folclore e as Crenças Nativas Tradicionais.

    BASE DE CULTO
    Nossa base são as crenças antes do cristianismo no continente europeu, buscando assim a essência dos cultos raízes. Veja também os princípios da Bruxaria Tradicional.

    Cordialmente,

    BRUXARIA TRADICIONAL - Indomável e Marginalizada?


    Surgiram algumas dúvidas com relação ao que o Conselho de BruxariaTradicional tem por idealismo, e achamos por certo oficializar no blog, muito embora tenhamos textos falando sobre o tópico e agora um conjunto de vídeos para facilitar ainda mais a compreensão.



    Vamos às questões abaixo:



    Conselho de Bruxaria Tradicional? Institucionalizar o que é por natureza indomável?

     R. Não estamos institucionalizando a Bruxaria e nem o Tradicionalismo, o Conselho de Bruxaria Tradicional (CBT) este sim é institucionalizado, pois é um orgão administrador de projetos e eventos tal como é uma confraria que agrega clãs tradicionalistas. Geralmente as pessoas erram ao entender o termo instituição dando a este um padrão dogmático, para nós que fazemos parte do CBT sabemos que temos um conjunto similar de crenças e desejamos reunir de modo fraterno, pessoas pensantes e que tenham empatia pelo mesmo agregado filosófico religioso, apenas isso.

    Bruxaria Tradicional não tem natureza "indomável", caminhos não são indomáveis, pessoas são, muito embora o que temos visto seja apenas rebeldia adolescente sem causa, pois o CBT é para associados e simpatizantes, não regulamenta o modo individual que cada um deseja seguir, tal como também tem o direito de seguir com seus objetivos e crenças.

     

    Bruxaria nunca foi culto institucionalizado, associar estritamente ao paganismo também á absurdo, porque a BT não se prende só a um povo e só a uma religião.

    R. Devemos entender que Bruxaria são os antigos cultos na Europa antes do advento do Catolicismo, sendo assim, conforme podemos entender pela historia e pela linha de tempo, Bruxaria poderia ser um culto de caráter aberto à sociedade a uma determinada região antes de ser marginalizado, ou mesmo serem crenças próximas de religiões oficiais tal como crenças familiares.

    Nós associamos estritamente ao paganismo, por questões históricas e de interpretação, do mesmo jeito que pagão deriva do latim campo (e falamos de crenças campesinas), ele também é associado ao não batizado no Catolicismo, caso não concordem com esta ligação, poderíamos dizer então que Bruxaria esta ligada estritamente o que a Igreja Católica entende por "Bruxaria"? A maioria dos bruxos repudia a visão Católica de suas crenças, nós que usamos o termo tradicional reforçamos esta aversão.

    Concordamos que Bruxaria não se prende a um povo ou uma só região, por isso defendemos a hegemonia de culto derivado das diferenças dos povos, do folclore, da mitologia, da história, dos costumes, etc... Entretanto, encontramos mais pontos que nos unem do que nos afastam. 



    Eu sou iniciado há alguns anos e ainda acho tudo isso muito esquisito. Eu não tenho o menor interesse em acabar com o preconceito contra a Bruxaria.

     R. Nós respeitamos o direito individual das pessoas, tal como damos a elas o direito de escolha, alternativas que promovam liberdade, igualdade e oportunidades. Tal como alguns gostam de ser tratados como marginais, outros preferem dignidade religiosa, igualdade social e de crença, entre outros pontos.

    Todo iniciado vem de uma ordem iniciática e uma ordem iniciática é uma instituição, uma organização, um grupo, portanto seria uma contra-tese acreditar em não instituição. Cabe também aos iniciados checarem quais são as premissas destas ordens. O que temos visto são pessoas iniciadas em outras sendas como Rosa Cruz e Wicca e portarem um título de Bruxo Tradicional, ou seja, o magista se inicia em Thelema e quer ser sacerdote Budista (?). Entretanto com o CBT o aprendiz irá se desenvolver em Bruxaria em sua forma Tradicionalista e ser iniciado como tal, algo muito mais coeso!





    Minha opinião, por tudo que li, que vivi e que conheço é que esse projeto não faz sentido. Acho também vocês deviam refletir sobre usar o nome "Bruxaria Tradicional”.

    R. Então estamos de acordo que cada um tenha sua opinião e crença e siga conforme o que pensa, também achamos que as pessoas e instituições devam refletir sobre seus objetivos e espiritualidade. Nossa base de estudos e religiosidade tem respaldo, algo que não temos visto dentro dos que dizem ser bruxos tradicionais, ou seja, um amontoado sem sentido de pensamentos e junções de sistemas plagiados de crenças tradicionais sem o mínimo respeito pela identidade religiosa.

    Como dissemos em outros textos, antes de juntar as palavras "Bruxaria Tradicional", devemos entender o que é Bruxaria e o que é Tradicional, sem subterfúgios, de maneira direta e simples, somente a partir disso pode se criar um pensamento sobre a ênfase tradicionalidade na Bruxaria. 

    Reforçamos ainda, que não estamos ligados a movimentos dissidentes da Wicca da década de 70, a nossa tradicionalidade esta ligada a era antiga, antes do domínio cristão, conforme este artigo.



    Cordialmente,