Temos visto alguns pareceres e que devemos nos posicionar com relação ao nosso caminho como praticantes, já que este recebe críticas, palpites, desinformações, agressões, entre outras colocações que não agregam nem a simpatizantes tão pouco a praticantes.
Vamos às questões abordadas:
"Temos desinformação que confundem "bruxaria tradicional" com as religiões étnicas tradicionais do ocidente europeu. Por que os antigos, seja na Grécia, Roma, Gália, Lituânia, Germânia, não chamavam suas religiões de "bruxaria" (nas suas respectivas línguas)? Por um motivo simples: não eram"
R. Por estas questões que nós do Conselho de Bruxaria Tradicional levamos informação e entendimento e não apenas as leituras históricas que por vezes falham na interpretação, e sempre vão faltar por uma questão básica, nenhum estudioso estava lá na antiguidade para afirmar se isto ou aquilo "eram ou não eram".
Vamos prover alguns dados para que possamos entender melhor esta questão.
Vamos na origem da palavra:
Daremos primeiramente a origem do nome em sua etimologia, o termo bruxaria é de origem ibérica, embora alguns autores tentem provar que o vocábulo proveio do Latim, o provável é que ele já existia nos dialetos falados na Península Ibérica antes da chegada dos romanos, como foi o caso de bezerro, cama, morro e sarna. Esta hipótese é reforçada pelo fato de só aparecer nas línguas ibéricas (Português bruxa, Espanhol bruja, Catalão bruixa); se viesse do Latim, deveria também estar presente no Francês (que usa sorcière) e no Italiano (que usa strega), que também pertencem à família das línguas românicas.
* Cláudio Moreno - Formado em Letras da UFRGS, com habilitação em Português e Grego. Doutor em Letras com a tese Morfologia Nominal do Português.
* Cláudio Moreno - Formado em Letras da UFRGS, com habilitação em Português e Grego. Doutor em Letras com a tese Morfologia Nominal do Português.
Ou seja, temos aqui uma base acadêmica que menciona a origem do termo bruxo e a questão do nome dado por uma respectiva etnia (algum segmento ibérico). Com isso não estamos mencionando que era a religião predominante, mas que esta religiosidade já existia e no contexto étnico.
Sobre outros povos fora dos Ibéricos, não iremos encontrar a palavra bruxo pela questão do idioma, mas podemos encontrar manifestações de igual significado, crenças essas que podem se alinhar com essas premissas pagãs, politeístas e de agregado cultural.
Também deixamos claro que o que entendemos por Bruxaria Tradicional tem em sua origem crenças de famíliaS pagãS (Bruxaria Familiar) que mantinham uma religiosidade alternativa, paralela ou quem sabe oficial (isto vai depender do povo/ da sua localização/ da época) e que estas organizações têm por entendimento preservação destas crenças, práticas e costumes bem como os estudos acadêmicos, ou seja, continuidade nas tradições (Bruxaria + Tradicional).
Deixamos transparente também que este fenômeno religioso (bruxaria) é originário do continente europeu, muito embora iremos encontrar em outros continentes pelos mecanismos de migração.
Por que Bruxaria é religião? Devido à origem do termo (etimologia) sem influência de terceiros.
Religião (do latim: "religio" que significa "prestar culto a uma divindade" ou simplesmente "religar") é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um agente sobrenatural, ou a relação dos seres humanos ao que eles consideram como sagrado, espiritual ou divino.
"entramos na divisão histórica entre a religião dominante de um povo (que é uma religião comunitária-cívica-tribal) e as práticas "paralelas-desviantes" (que são mais relativas a corporações iniciáticas fechadas e minoritárias, cultos domésticos e práticas pessoais - que podem ou não, divergir do discurso e práticas oficiais comunitárias)"
Com o advento da Igreja Católica qualquer manifestação religiosa passou a ser desviante, mesmo àquelas mais isoladas geograficamente e que poderiam ser, em tese, a religião oficial para um determinado povoado.
Resumindo a questão, devemos tratar esses movimentos de crença com maior entendimento e respeito, pois existe a grande necessidade de entender a linha de tempo, as questões regionais de crença, as influências entre religião e estado, a visão dos povos, entre tantos outros detalhes que qualquer parecer não devesse ser totalmente conclusivos diante desse enigmático quebra-cabeça.
Cordialmente,
Já cansei de falar que falta estudo para essas pessoas.
ResponderExcluirQuero lançar uma campanha:
"Pesquise, estude e entenda!"
Enquanto as pessoas não tomarem consciência e pararem de falar sobre o que não sabem, teremos um mundo de ignorantes e "abobrados".
Não sei mais se é falta de estudo, acredito que já tenha mesmo falta de vontade em se permitir uma nova abordagem de pensamento ou/e mente estreita. Mas vamos fazendo o nosso trabalho, quem sabe fornecendo mais pontos de vista, as melhores reflitam (pelo menos)!
ResponderExcluirApoiado Diego!!! rsss
ResponderExcluirMuito complicado as pessoas se acharem com propriedade para falar - e mal falar - do caminho dos outros sem ter conhecimento algum.