terça-feira, 13 de setembro de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - De onde vem a Filosofia Perene?

Recebemos uma dica de texto bem interessante com bibliografias, a visão da "Filosofia Perene" usada como base para descrever o termo tradição na Bruxaria Tradicional tem origem no Vaticano (?) e redireciona ao cristianismo, a Deus como um destino único para todos os caminhos! O conceito nasceu de um bibliotecário do Vaticano (Agostinho Steuco) em 1540 (Era Moderna), filosofia muito debatida entre cristãos e apoiada por muitas pessoas do clero católico! 

A Filosofia Perene

Gottfried Leibniz (filósofo) designou como uma filosofia comum e eterna subjacente às grandes religiões mundiais, em particular as místicas ou esoterismos. O termo nasceu na época do Renascimento por Agostinho Steuco, bibliotecário do Vaticano no século XVI, no livro De Perenni Philosophia libri X, de 1540.
O conceito é formalizado nos escritos dos metafísicos Frithjof Schuon (1907-1998) e René Guénon (1886-1951) - Era Moderna. A idéia é que a Verdade metafísica é una, universal e perene, e que as diferentes religiões constituem distintas linguagens que expressam esta Verdade única.

A Filosofia Perene reconhece o fato de que os sistemas de diferentes escolas gregas expõem as mesmas verdades que estão no coração do Cristianismo. Subseqüentemente, o significado do termo foi ampliado para englobar as metafísicas e as místicas das grandes religiões mundiais, especialmente Cristianismo, Islã, Budismo e Hinduísmo.

Um dos conceitos fundamentais da Escola Perenialista é o da "unidade transcendente das religiões" – título do primeiro livro de Frithjof Schuon que afirma que, no coração de cada religião, há um cerne de verdade (sobre Deus, o homem, a oração e a moralidade) que é idêntico. As diversas religiões mundiais são, de fato, diferentes – e esta é precisamente sua razão de ser.

Todas as grandes religiões mundiais foram reveladas por Deus, e é por causa disso que cada qual fala em termos absolutos. Se não o fizesse, não seria uma religião, nem poderia oferecer os meios de salvação.

Mais recentemente, o termo foi popularizado pelo autor britânico Aldous Huxley, no livro de 1945, The Perennial Philosophy.


Bibliografia:



De René Guénon:
A Crise do Mundo Moderno (Lisboa, 1977)
O Reino da Quantidade e os Sinais dos Tempos (Lisboa, 1989)
Os Símbolos da Ciência Sagrada (São Paulo, 1989)
A Grande Tríade (São Paulo, 1983)
O Rei do Mundo (Lisboa, 1982)
O esoterismo de Dante (Lisboa, 1995) ISBN 9789726994930

De Titus Burckhardt:
Alquimia (Lisboa, 1991) ISBN 972-20-0858-7
Arte Sagrada no Oriente e no Ocidente (São Paulo, 2005)


De Martin Lings:
Sabedoria tradicional e superstições modernas (S. Paulo, 2001) ISBN 85-86775-81-8
A Arte Sagrada de Shakespeare (S. Paulo, 2005)

De William Stoddart:
O Budismo ao seu alcance (Rio de Janeiro, 2004) ISBN 85-01-06642-7
O Hinduísmo (S. Paulo, 2005)
O Sufismo (Lisboa, 1990)

De Aldous Huxley: A Filosofia Perene: uma interpretação dos grandes místicos do Oriente e do Ocidente ( Ed. Globo, 2010)

De Ananda Coomaraswamy: Mitos Hindus e Budistas (Brasil, 2006) ISBN 9788587731685
O Pensamento Vivo de Buda (São Paulo, 1965)
Mitos Hindus e Budistas (São Paulo, s/d)

De Rama Coomaraswamy:
Ensaios sobre a destruição da tradição cristã (São Paulo, 1990) ISBN 85-7182-008-2
De Mateus Soares de Azevedo:
Ocultismo e Religião: em Freud, Jung e Mircea Eliade (São Paulo, 2011). Em co-autoria com Harry Oldmeadow. ISBN 978-85-348-0336-6
Homens de um livro só: o Fundamentalismo no Islã, no Cristianismo e no pensamento moderno (Rio de Janeiro, 2008) ISBN 978-85-7701-283-1
A Inteligência da Fé: Cristianismo, Islã, Judaísmo (Rio de Janeiro, 2006)
Mística Islâmica: convergência com a espiritualidade cristã (Petrópolis, 2001) ISBN 85-326-2357-3
Iniciação ao Islã e Sufismo (Rio de Janeiro, 2000)

 
De Frithjof Schuon: Forma e Substância nas Religiões (São José dos Campos, 2010) ISBN 978-85-62052-03-3
Para Compreender o Islã (Lisboa, 1989 e Rio de Janeiro, 2006) ISBN 972-20-0722-X
O Sentido das Raças (São Paulo, 2002) ISBN 85-348-0204-1
O Esoterismo como princípio e como caminho (S. Paulo, 1995)

Um comentário:

  1. Este texto explica muito claramente porque muitas correntes esotéricas pregam a mistura de sendas como algo muito normal(oque ao meu ver, não é, dado que existem muitas diferenças de práticas e de conceitos entre elas), sem se dar conta que na verdade estão se voltando para o conceito católico de religião verdadeira, de religião universal.

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