terça-feira, 17 de abril de 2012

BRUXARIA TRADICIONAL: SEXO NO PAGANISMO TRADICIONALISTA

A sociedade ocidental esta mudando, antes imperava somente a visão cristã sobre o comportamento humano para com a sociedade “civilizada”, embora existam esforços de extinguir as visões nativas indígenas, assim como outras visões que fogem a essa premissa, tudo o que o homem deveria fazer e sentir repousava sobre um livro e suas estórias de base semita, quase sempre fundamentalistas diante de uma sociedade advinda do oriente médio, filosofias e crenças que ainda sobrevivem nesses locais e que nutrem todo tipo de intolerância e coesões de direitos humanos.

Voltaremos às visões originárias da antiguidade no ocidente, ao paganismo advindo das crenças nativas antes da influência cristã, vamos especificar a região chamada de Europa, berço de muitos caminhos tradicionais, inclusive da Bruxaria, nome que por séculos foi depreciado para um contexto assustador levando ao imaginário popular como uma maldição ao mesmo tempo em que um desregrado caminho que levaria à marginalização da sociedade “civilizada”.

Criaremos um parâmetro da sociedade antiga com as leis cotidianas nacionais, hoje busca regularizar a prostituição, já na antiguidade ela já era regulamentada, o que nos da a entender que o cristianismo obteve seus acertos, pois nem todo caminho é ruim por completo, porém errou em muitos outros conceitos ligados a sociedade, um deles foi a não conceber ao homem o direito a sua natureza e lhe apresentar apenas a face divinizada do que seria o certo e o errado aos olhos da igreja, influenciando e mesclando os conceitos de sociedade, política e religião.
Hoje vivenciamos um estado laico em termo de política, entendemos melhor a diversidade da sociedade e obtemos o direito de escolha filosófica com base no autoconhecimento de nossas crenças e sua exteriorização perante a religião.

Apesar da suposta liberdade religiosa, ainda contamos com a intolerância, com a confusão ideológica entre as religiões e diante da migração de pessoas entre as experimentações entre crenças.
Entre as análises e pesquisas qualificativas, entendemos esse processo de migração para o Paganismo e suas linhas religiosas uma busca por crenças mais simples, voltados às questões de conscientização perante os recursos naturais do planeta, o respeito às divindades, a liberdade de pensamento e uma alternativa ao agregado da sociedade cristã.

Porém as migrações devem acontecer obtendo o maior número de informações sobre determinada religião pagã, sendo que trazer os mesmos atributos de um fundamento cristão poderá haver diversas diferenças culturais, de costumes e crenças, com isso dizemos que não existe um caminho sem ter a clareza de mudança para um novo patamar de crença, de mesma forma em pensar que o paganismo não é simplesmente uma aversão ao cristianismo e sim uma visão tendo como base um entendimento específico da Natureza e seus ciclos.

Existem muitos esforços em preservação e reconstrução dos modelos religiosos pagãos, não distante disto toda menção aos costumes e hábitos comuns e que sem a abordagem de esclarecimento coeso se tornariam inconcebíveis ao modelo atual cristão.

SEXUALIDADE
Alguns fatos sobre a sexualidade pagã chegam a nossa sociedade em caráter pecaminoso por alguns e por outros de forma curiosa. Entre os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei contraria ao celibato: a solteirice e a falta de filhos eram punidas, e as pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios. 

Prostituição, bigamia, masturbação e homossexualidade eram comuns, grande desenvolvimento da arte baseada na nudez era completamente aceita pela sociedade.
E como os pagãos enxergam o sexo? Deveriam observar pelo lado natural, sem estarem no contexto de pecado e/ ou de perda de pureza, fazer sexo não implica em ter uma propensão à perversão ou falta de caráter.

O ato sexual era tão importante para a sociedade antiga e mística que através do sexo foram criados ritos mágicos que envolviam iniciações, comemorações baseados nos ciclos da natureza e até evocação de potências espirituais.

Se pensarmos que a energia sexual é tão necessária à humanidade perceberemos que mesmo abstratamente teremos recatadamente diversas obras que reverenciam o sexo, os obeliscos com menção ao falo, curvas de carros que lembram as de uma mulher, fachadas e tuneis, que passam despercebidos pelo nosso dia a dia, mas que podem ser fruto do instinto sexual.
O uso de chifres também na era antiga tinham como base o falo, as coroas representavam não apenas a autoridade, mas a capacidade de prover fertilidade e prosperidade.

Toda essa questão ficou tão impregnada pelos conceitos de pecado que mesmo dentro de grupos o sexo ainda é tido como pecaminoso fato que deriva de que tudo o que tem chifres não remete a sexualidade, mas sim a campanha criada pelas igrejas cristãs para descaracterizar os cultos da natureza e toda mítica dos povos antigos substituídos pela mítica judaica cristã na figura do Diabo.



Cordialmente,