<Artigo anterior> .....sobre o tempo da vela no quintal eu.... observava com ternura o balançar da vela sobre o vento da noite e então a vela se apagou no romper das horas, o silêncio pela
casa, pessoas deitadas admiravam as suas visões sobre os mundos, suas buscas,
seus conflitos, o silêncio era apenas rompido pela música do ambiente e pelos
passos cuidadosos dos gatos que tomavam conta pela casa a dar suporte a todos
que levantavam às mãos, porém não houve mãos estendidas, todos estavam em belo
barco sobre águas plácidas e cristalinas na rota do saber, pois a rainha veio
em forma de mel e tão doce era o seu navegar que somente poderia ser igualada a
uma folha que cai sorrateiramente sobre um lago de luz prata, navegando ao rumo
da brisa e nada mais e nada menos que o próprio êxtase que fluía sobre tudo e
todos.
Com o passar do tempo fomos acendendo as luzes da casa, e a
penumbra dava lugar a luz da varanda e da cozinha, pessoas abriam os olhos,
algumas não queriam sair do trabalho, outras estavam famintas para conhecerem
os pratos saborosos que gentilmente todos, sem exceção, trouxeram e de maneira
fraterna foi dividido o alimento. Mas o alimento ao qual todos vieram não era o
pão e sim o vinho da vida, o que alimenta a alma e sendo assim, muitos foram
aos seus quartos e ali permaneceram até o dia seguinte.
AO DIA SEGUINTE (Domingo)
Acordamos de maneira preguiçosa, cama boa fizera meu ninho e
confortavelmente me levantei, me estiquei feito um gato preguiçoso, bocejei e
joguei os braços para cima, minha surpresa e que todos já estavam acordados... -
Mas que horas são? Pensei... eram 8 horas e todos já estavam a conversar na
sala da lareira, comemos e comemos! Ah como é bom! O sabor dos alimentos se
fazia mais vívido, e lá em círculo conversamos, alguns sobre suas dificuldades,
outros sobre o aprendizado, outros contentes com a descoberta do seu alimento,
alguns confirmando certas questões e até o relato de brigas interiores, claro
que sempre em um tom de alegria e as vezes brincadeira, tal como amigos fazem
em um dia de muitas alegrias, terminamos nossas explicações, argumentamos sobre
outras e fizemos o ritual de termino, contudo havia uma notícia muito especial
e que foi dita como promessa de um bruxo que sempre buscou cumprir suas
obrigações! Mas esta estória contamos na próxima semana! Aguardem!
Fechamos a casa e saímos felizes, o céu nos mandava um
chuvisco que me pareceram lágrimas de saudades unidas a promessa de regressar
para o próximo encontro.
Logo enviaremos fotos! E esperamos que um dia possa sentir em
seu coração a mesma vontade que motivou a muitos buscarem esse caminho, sejam
bem vindos a esta pequena cabana na montanha da espiritualidade!
Que assim seja, com bênçãos, alegrias, sabedoria e êxtase!
Ricardo DRaco