quinta-feira, 29 de novembro de 2012

BELTANE – Os Senhores da Terra - Final


<Artigo anterior>  .....sobre o tempo da vela no quintal eu.... observava com ternura o balançar da vela sobre o vento da noite e então a vela se apagou no romper das horas, o silêncio pela casa, pessoas deitadas admiravam as suas visões sobre os mundos, suas buscas, seus conflitos, o silêncio era apenas rompido pela música do ambiente e pelos passos cuidadosos dos gatos que tomavam conta pela casa a dar suporte a todos que levantavam às mãos, porém não houve mãos estendidas, todos estavam em belo barco sobre águas plácidas e cristalinas na rota do saber, pois a rainha veio em forma de mel e tão doce era o seu navegar que somente poderia ser igualada a uma folha que cai sorrateiramente sobre um lago de luz prata, navegando ao rumo da brisa e nada mais e nada menos que o próprio êxtase que fluía sobre tudo e todos.


Com o passar do tempo fomos acendendo as luzes da casa, e a penumbra dava lugar a luz da varanda e da cozinha, pessoas abriam os olhos, algumas não queriam sair do trabalho, outras estavam famintas para conhecerem os pratos saborosos que gentilmente todos, sem exceção, trouxeram e de maneira fraterna foi dividido o alimento. Mas o alimento ao qual todos vieram não era o pão e sim o vinho da vida, o que alimenta a alma e sendo assim, muitos foram aos seus quartos e ali permaneceram até o dia seguinte.




AO DIA SEGUINTE (Domingo)

Acordamos de maneira preguiçosa, cama boa fizera meu ninho e confortavelmente me levantei, me estiquei feito um gato preguiçoso, bocejei e joguei os braços para cima, minha surpresa e que todos já estavam acordados... - Mas que horas são? Pensei... eram 8 horas e todos já estavam a conversar na sala da lareira, comemos e comemos! Ah como é bom! O sabor dos alimentos se fazia mais vívido, e lá em círculo conversamos, alguns sobre suas dificuldades, outros sobre o aprendizado, outros contentes com a descoberta do seu alimento, alguns confirmando certas questões e até o relato de brigas interiores, claro que sempre em um tom de alegria e as vezes brincadeira, tal como amigos fazem em um dia de muitas alegrias, terminamos nossas explicações, argumentamos sobre outras e fizemos o ritual de termino, contudo havia uma notícia muito especial e que foi dita como promessa de um bruxo que sempre buscou cumprir suas obrigações! Mas esta estória contamos na próxima semana! Aguardem!

Fechamos a casa e saímos felizes, o céu nos mandava um chuvisco que me pareceram lágrimas de saudades unidas a promessa de regressar para o próximo encontro.

Logo enviaremos fotos! E esperamos que um dia possa sentir em seu coração a mesma vontade que motivou a muitos buscarem esse caminho, sejam bem vindos a esta pequena cabana na montanha da espiritualidade!

Que assim seja, com bênçãos, alegrias, sabedoria e êxtase!
Ricardo DRaco