terça-feira, 29 de março de 2011

MODISMO BRUXAL BRASILEIRO por Senhora Telucama

A visão fragmentada no cenário mundial hoje, nos leva a parar para refletir a nossa compreensão do mundo neste momento histórico.

Um dos principais erros que cometemos ao falar de paz é processá-la sempre como algo externo ao homem. Alguma coisa a ser alcançada em algum lugar ou através de uma determinada ação, adquirir alguma coisa ou mesmo conquistar um efeito mágico. E pensamos: se não estamos em guerra, naturalmente estamos em paz...

Se enxergarmos os seguimentos da Bruxaria no Brasil sob este prisma, estaremos direcionando e condicionando a nossa crença e a Paz sempre a algo que independe de nós. Conseqüentemente os conflitos nas suas mais intensas formas e adversidades se concentrarão, e a solução naturalmente dependerá de uma visão especifica e restrita da BRUXARIA, independente de ser Tradicional ou não.
Essa visão fragmentada  é o que podemos chamar de “emoção mecânica na moda de ser Bruxo”.

E ai? E nós Bruxos que dedicamos as nossas vidas em pró da preservação da sanidade do homem e do seu habitar sagrado, o que podemos fazer diante de tamanhas aberrações?
Vamos cruzar os braços e simplesmente entregar aos Deuses?

Não. Eu simplesmente continuo cada vez mais motivada sob forte força entusiástica a seguir em frente com meus ideais e preservando as minhas conquistas no caminhar com meus Deuses, com a minha linhagem e descendência.

As fronteiras estabelecidas entre essa ou aquela Tradição não se sustentam por si mesmas. Porque no fundo dessas polêmicas, ao longo dos meus 37 anos a frente de um TEMPLO DE BRUXARIA TRADICIONAL, o que vejo mesmo é APENAS MEDIOCRES GUERRAS DE EGOS.

Tenho me colocado em silêncio já há alguns anos, por entender que não vale a pena nenhum desgaste energético nem cultural com o MODISMO BRUXAL BRASILEIRO, assim me reservo o direito de só me pronunciar e participar de movimentos e projetos que realmente acredito e que me inspire  seriedade, por isso estou filiada ao CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL, simplesmente porque sou uma Bruxa de tradição.

Graça Azevedo/Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama

3 comentários:

  1. Ótimo texto Graça,

    Acredito que o importante é separar as crenças limitando aos seus caminhos, até para podermos ter paisagens diferentes e mais amplas, obter opções de crença onde mais gente se encontre, se torne melhor e feliz.

    Temos visto muita generalização, estas generalizações acabam por ninguem se entender, e depois vira uma briga de títulos para valer mais o que cada um apoia, se francamente necessitarmos apenas dos títulos para podermos expor o conhecimento, provavelmente este conhecimento seja tão fragmentado ou desconectado, que nem faça muito sentido ou valia.

    É importante as pessoas saberem no que acreditamos e assim também passarmos um pouco de nossas vivências.

    Abraços Fraternos,

    ResponderExcluir
  2. É muito mais proveitoso trocar informações buscando agregar conhecimento do que faser uma disputa de ego.

    ResponderExcluir
  3. De fato, parece que dizer que é bruxo, mesmo não tendo a menor ideia do que significa ser um, virou moda entre os adolescentes especialmente nos dias de hoje! Parabéns Graça pela coerência.

    ResponderExcluir

Este blog tem conteúdo específico religioso (paganismo tradicionalista), caso não concorde... pelo menos respeite e vá a um blog que se destina a mesma vocação religiosa que acredita.