Escrevo este artigo com base na jornada pelo mundo das plantas de poder e no grande sentido de manter a palavra para com um irmão dos Andes, resolvi escrever por amor e não apenas por sabedoria, escrever com amor implica em colocar muitas outras coisas de nossa alma peregrina.
Vou sair das mesmas colocações que muitos fazem sobre o mundo das ervas de poder, aquela rotineira quebra de realidade e reavaliação de conceitos, sim eu sei que poderia escrever por horas e horas, pois ao contrário das outras ervas enteógenas o Cacto Wachuma é um espírito sábio e falador, mesmo se comunicando em outra língua (espanhol) se faz tão claro que começo a entender coisas que já sabia, é engraçado pensar nisso, mas por vezes decoramos o conhecimento, contudo ele é como uma árvore sempre crescendo e devemos alimenta-lo sempre o regando com boa agua, com a agua da reflexão continua.
Passamos pela Bolívia, atravessamos o deserto por 3 dias, lá entendi o verdadeiro valor do silêncio e assim permitindo o silêncio pude escutar o conhecimento das montanhas, da terra, do vento, através do deserto passamos as fronteiras do Chile em busca do que achávamos necessário e ali começamos a separar o que imaginávamos do que é realmente era a peregrinação, existem locais que foram sagrados e embora todo o respeito por esses espaços nada mais existe a não ser a propaganda turística, ao perceber isto desviamos nossa rota para Cuzco (Peru), algo que não havíamos planejado e como algo realmente mágico o poder nos chamou e ao pisar na cidade fizemos uma ligação a um amigo que morava em Lima (Capital) e já trabalhava há décadas com a medicina indígena peruana e pelo destino ele estava justamente na cidade em que acabávamos de chegar, aliás, estava a poucas quadras de nossa pousada, em 1 hora estávamos preparados para ir a locais e tomar ciência da medicina dos cactos.
Eu até pensei que em um artigo poderia escrever resumidamente, mas creio que perderia momentos chaves e frases de sabedoria, então amanha volto ao assunto.
Gracias a mi hermano jaguar
Ricardo DRaco