A visão fragmentada no cenário mundial hoje, nos leva a parar para refletir a nossa compreensão do mundo neste momento histórico.
Um dos principais erros que cometemos ao falar de paz é processá-la sempre como algo externo ao homem. Alguma coisa a ser alcançada em algum lugar ou através de uma determinada ação, adquirir alguma coisa ou mesmo conquistar um efeito mágico. E pensamos: se não estamos em guerra, naturalmente estamos em paz...
Se enxergarmos os seguimentos da Bruxaria no Brasil sob este prisma, estaremos direcionando e condicionando a nossa crença e a Paz sempre a algo que independe de nós. Conseqüentemente os conflitos nas suas mais intensas formas e adversidades se concentrarão, e a solução naturalmente dependerá de uma visão especifica e restrita da BRUXARIA, independente de ser Tradicional ou não.
Essa visão fragmentada é o que podemos chamar de “emoção mecânica na moda de ser Bruxo”.
E ai? E nós Bruxos que dedicamos as nossas vidas em pró da preservação da sanidade do homem e do seu habitar sagrado, o que podemos fazer diante de tamanhas aberrações?
Vamos cruzar os braços e simplesmente entregar aos Deuses?
Não. Eu simplesmente continuo cada vez mais motivada sob forte força entusiástica a seguir em frente com meus ideais e preservando as minhas conquistas no caminhar com meus Deuses, com a minha linhagem e descendência.
As fronteiras estabelecidas entre essa ou aquela Tradição não se sustentam por si mesmas. Porque no fundo dessas polêmicas, ao longo dos meus 37 anos a frente de um TEMPLO DE BRUXARIA TRADICIONAL, o que vejo mesmo é APENAS MEDIOCRES GUERRAS DE EGOS.
Tenho me colocado em silêncio já há alguns anos, por entender que não vale a pena nenhum desgaste energético nem cultural com o MODISMO BRUXAL BRASILEIRO, assim me reservo o direito de só me pronunciar e participar de movimentos e projetos que realmente acredito e que me inspire seriedade, por isso estou filiada ao CONSELHO DE BRUXARIA TRADICIONAL, simplesmente porque sou uma Bruxa de tradição.
Graça Azevedo/Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama
Ótimo texto Graça,
ResponderExcluirAcredito que o importante é separar as crenças limitando aos seus caminhos, até para podermos ter paisagens diferentes e mais amplas, obter opções de crença onde mais gente se encontre, se torne melhor e feliz.
Temos visto muita generalização, estas generalizações acabam por ninguem se entender, e depois vira uma briga de títulos para valer mais o que cada um apoia, se francamente necessitarmos apenas dos títulos para podermos expor o conhecimento, provavelmente este conhecimento seja tão fragmentado ou desconectado, que nem faça muito sentido ou valia.
É importante as pessoas saberem no que acreditamos e assim também passarmos um pouco de nossas vivências.
Abraços Fraternos,
É muito mais proveitoso trocar informações buscando agregar conhecimento do que faser uma disputa de ego.
ResponderExcluirDe fato, parece que dizer que é bruxo, mesmo não tendo a menor ideia do que significa ser um, virou moda entre os adolescentes especialmente nos dias de hoje! Parabéns Graça pela coerência.
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