segunda-feira, 21 de março de 2011

Integridade da Nação - Folclore - Bruxaria Tradicional

Um texto interessante, vale a reflexão!


Claro que a Integridade da Nação é muito mais do que simples política.
Este encontro foi inicialmente anunciado no Facebook como «evento pagão e nacionalista.» O que tem o «pagão» a ver com o «nacionalista»? Tem tudo a ver uma coisa com outra precisamente no contexto da Integridade da Nação.
E porquê?
Porque toda a Nação é na sua raiz pagã.
Uma Nação é composta de vários elementos, a saber: Raça, Língua, Folclore, Religião.
Sem Raça, uma Nação não é uma Nação; poderá quando muito ser uma Pátria. Mas uma Pátria que tenha mais de uma Nação no seu seio é como se fosse um império, podendo ver-se um exemplo disso mesmo aqui ao lado, em Espanha, onde a pátria espanhola contém várias nações, sendo que uma delas, Castela, controla as outras: Galiza (talvez uma parte da Portugaliza...), Astúrias, Catalunha e Euskadi (País Basco).
Sem língua própria, diferenciadora em relação ao que a rodeia, não há nação, pelo menos na Europa - uma «nação» sem língua não é uma Nação, é uma província. O Minho, o Algarve, por exemplo, não são nações; a Catalunha, esta sim, é uma Nação, tal como Portugal, Irlanda, Islândia, Grécia, etc...
Sem Folclore, isto é, o conjunto de lendas e mitos, danças e cantares, usos e costumes de determinado Povo, uma Nação vai a caminho da morte, porque já não tem vida interior...
Sem Religião, sem a sua própria religião, uma Nação está gravemente mutilada na sua identidade espiritual.
Obviamente que os ateus poderão pôr em causa a necessidade, sequer a existência, de uma identidade espiritual, mas isso é outra questão, da qual já se vai tratar...

Ora eu falei em religião própria. Tanto quanto sei, não há Povo sem religião, na sua origem. Todos os Povos da História conhecida, por mais primitivos que fossem, tiveram e/ou têm alguma forma de religião. Porque o ser humano é inerentemente espiritual e, consequentemente, em todas as raças, em todas as etnias, em todas as nações, numa palavra, em todas as estirpes, surge a Religião. A religiosidade brota naturalmente no seio de todo e qualquer Povo, goste-se ou não, e não estou neste caso a emitir juízos de valor. Por conseguinte, a Religião começa por ser algo de inerentemente étnico, tal como a língua. O idioma também brota no seio do Povo. Quanto às religiões universalistas, surgem mais tarde, à posteriori, em certas e determinadas circunstâncias históricas.
A religião étnica, a religião que brota naturalmente no seio do Povo, é o Paganismo - ou os Paganismos. Digo Paganismos, plural, porque cada Povo terá a sua própria religião étnica. Daí o falar-se em religião grega, religião romana, religião céltica, germânica, eslava, báltica, etc....
Assim, toda a Religião Nacional é, à partida, um Paganismo. O Japão, por exemplo, tem a sua religião nacional, o Xintoísmo, que é, digamos, o Paganismo japonês, tal como a Índia tem o seu Paganismo indiano, que é o Hinduísmo.

posted by Caturo
Fonte: http://gladio.blogspot.com/2011/03/sobre-integridade-da-nacao.html

9 comentários:

  1. Este texto é perfeito!!! o que caracteriza um povo é sem dúvida todo legado cultural que ele apresenta e certamente isto se manifesta de forma bem evidente em sua espiritualidade, por isso quando falamos em bruxaria tradicional não há sentido em se dizer praticante da mesma fazendo esta desassociação

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  2. Enfim tocamos em um ponto chave:
    Não existe Nação sem Religião. Não existe Religião sem TRADIÇÃO.

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  3. É interessante observar que qualquer povo se caracteriza pela sua cultura.

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  4. Eu havia comentado no Caturo [Gladio] e comento aqui também: O Nacionalismo é um fenômeno moderno, portanto, sem qualquer vínculo com o Paganismo.

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  5. Beto podemos não concordar com isto ou aquilo, mas sempre aprendemos algo, se fizermos o link Nacionalismo com o termo Nação, podemos encontrar alguns sistemas relevantes, sobretudo ligados a Étnica, que nos remete a povo, que a história comprova a diversidade de povos no continente européu, e esses são qualificados pelos romanos como pagãos.
    O nosso foco não tão político, mas concordo com a Sapinha e amplio a questão, um povo perde muito ou até se extingue sem a sua tradição, sem a sua língua, sem as suas crenças.

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  6. Vejo bem claro a necessidade de uma base e de um agregado cultural na base de uma religião, de fato, é necessário seguir uma tradição para fazer algo verdadeiramente fiel.

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  7. há essa possibilidade linguistica e etimologica. nacionalismo=nação=nato[nascido, originado em]. mas há que se lembrar que os romanos eram, até antes de Teodósio, pagãos. quando se fala da tradição de um povo, inegável que há uma identidade de um grupo, um conjunto de elementos, crenças e práticas, ligados a um clã, ou família e que, por ser uma religião familiar, é transmitido aos descendentes, através dos tempos, que é o cerne do conceito do que se entende por tradição. Não obstante, estes valores não devem colocar um povo em um patamar de superioridade em relação a outros povos. E infelizmente a ideologia do nacionalismo frequentemente recorre ao racismo, à xenofobia e ao fascismo.

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  8. Não percebo no texto a defesa do nacionalismo enquanto ideologia, vejo uma forma coerente de conceituar o que é uma nação. O que é saudável e valoroso é um povo que se identifica com sua nação, aqui entendida como um agregado de elementos que, juntos, consituiem tradições.

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  9. Lua, o nacionalismo é uma ideologia moderna. O que inclui os conceitos, os valores e as "tradições".
    Eu recomendo a leitura do livro de Erick Hobsbaw, "A invenção das tradições"

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