Uma das “ordens” ou NORTEAMENTO INTERNO NA BRUXARIA TRADICIONAL É A LIBERDADE DE SER. Entretanto, essa liberdade deve partir da autodisciplina, pois sem ela não há como se ter a real lucidez do limite pessoal em relação ao Todo.
Por formação, na maioria das vezes nos colocamos nas mãos de pessoas, religiões, partidos políticos e muitas outras formas de “dependência”... E nos tornamos completamente presos aqueles ou aquilo que transformamos em padrões da nossa vida, principalmente no aspecto religioso. Entregamos nosso poder pessoal nas mãos do outro e passamos à vida mendigando coisas, milagres e “caridades” que são nossas por Direito Divino. Porque nós Bruxos(o), entendemos que somos dotados de forças inteligentes, para “nortear” nossas vidas pautadas em “círculos” vibracionais, pelos quais nos tornamos responsáveis pelas atitudes e ações.
Sempre nossas crenças inconscientes criam dependências, na maioria das vezes tão sutis, que não percebemos que a nossa liberdade está totalmente comprometida, tolhida, presa a padrões que não nos permite sequer pensar, muito menos assumir a condição de SER UM(A) BRUXO(O).
É a nossa expansão da consciência que nos faz acionar essas forças inteligentes e nos libertar, pois quando nos permitimos à aprovação dos outros para assumir a nossa condição de “SERES NATURAIS”, ou seja; Bruxos(a), na verdade estamos simplesmente entregando nossa essência primordial para que os outros manipulem e administrem.
Quando precisamos ser aprovados pelos outros, nos distanciamos cada vez mais de nós mesmos, e não estamos sendo fieis à nossa essência mais profunda.
Jamais devemos condicionar a nossa paz e a nossa felicidade a alguém, até porque ninguém é capaz de dimensionar as nossas carências, desejos e sonhos.
Costumamos usar o célebre chavão: - Só se pode dar o que se tem.
Se não somos felizes, como podemos fazer alguém feliz?
Quando isso fica bem claro, de forma lúcida na nossa alma e no nosso coração, ai sim, seremos verdadeiramente livres.
Quando isso fica bem claro, de forma lúcida na nossa alma e no nosso coração, ai sim, seremos verdadeiramente livres.
Precisamos trabalhar muito a nossa expansão de consciência para liberar todos os bloqueios nela contidos.
Muitas vezes pensamos que o que aparece primeiro é a crença mais forte, por exemplo: PRECONCEITOS, mas nos surpreendemos com outras mais escondidas, de uma força ainda maior, a coragem de conhecer a si mesmo (a).
Assim, nós Bruxos(a) Tradicionais, estamos sempre atentos às armadilhas do nosso ego, desde a presunção do “saber” até a comodidade de transferência da nossa liberdade para outro ou outros.
Somos seres que por principio necessitam de leveza, harmonia e segurança para fazer uso do conhecimento mágico em perfeita sintonia com os Deuses e ancestrais, livres para perpetuar as Tradições.
Graça Azevedo/ Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama
Conselheira do CBT (Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil)