segunda-feira, 29 de agosto de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - Atualidade e a Tradição

O princípio do que se refere a Tradição vai além do princípio do herdar, pois podemos receber algo que não tenha os atributos que são convencionados por nossa sociedade como tradicionais, o termo tradição não esta propriamente vinculado ao termo ethos, origem da palavra ética, que são procedimentos ligados a padrões sociais específicos de uma classe profissional, por exemplo, ética médica, portanto cabe dizer que uma tradição, muito embora possamos fracioná-la em diversas ações como costumes, éticas, hereditariedade, ainda assim temos que tradição seja o ato de se fazer determinados procedimentos pela linha de tempo e que esses procedimentos levam em consideração uma origem específica.

Um exemplo muito claro seria comer certo prato em um determinado dia, vamos a algo bem comum e que podemos trazer para a nossa realidade, comer panetone no final do ano, é um ato que realizamos por anos em nossa vida e iremos realizar posteriormente, a origem é italiana e se come na época de Natal, uma tradição que se perpetua e que embora possa ser celebrada em diversos paises, tem uma origem comum.

Como podem perceber, não é preciso ir ao encontro do ethos, da ética, para comer panetone, mas sim de uma questão cultural/ religiosa que se propaga pelos tempos. É através desse propagar em forma de costumes e religiosidade que se baseia a Bruxaria em sua forma Tradicional, ela se propõe a manter esse agregado mágico/ religioso de uma forma natural e fluídica, que se propaga pela linha de tempo.

A contemporaneidade esta inserida em nosso contexto de tempo, todas as pessoas que vivem nessa época são contemporâneas, as ordens criadas nesse século são contemporâneos. Portanto devemos separar o individuo e as instituições deste século do conhecimento passado pela linha de tempo.

Para nós o Conselho de Bruxaria Tradicional é contemporâneo, nasceu neste século, entretanto o conhecimento recebido através dos grupos familiares advém de um momento temporal diferente, de origem específica, que possui costumes, éticas, religiosidade, perpetuação entre todos os outros requisitos que temos como comum ao conceito tradição.

Para nós, a Bruxaria Tradicional, é o conjunto de tradições vivas e reais que envolvem a Bruxaria, ou seja, para ser tradicional existe pelo menos a necessidade de ser bruxaria, e como a base da Bruxaria são os cultos pré-cristãos europeus, são os cultos de base pagã (campesinos), fica muito claro o reconhecimento de nossas práticas específicas, muito embora a Bruxaria seja uma das diversas crenças tradicionais do mundo, e que possamos encontrar elementos comuns como às práticas telúricas, a consagração dos ciclos e elementos da natureza, o culto aos espíritos ancestrais, a feitiçaria, entre outras práticas.

Para Conselho de Bruxaria Tradicional (CBT), um bruxo tradicional deve não apenas herdar o conhecimento mágico/ religioso, ele deve também entender a visão promovida por uma senda e saber peregrinar por ela, deve entender a respeitar os princípios étnicos, os éticos/ costumes, os princípios de preservação e de propagação.



Cordialmente,

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - O Imaginário da Iniciação

Temos visto inúmeros "feitiços" de indução para que interessados em magia se auto iniciem, estas orientações podem vir de livretos, podem vir de pessoas, ou mesmo da cabeça de quem se interesse pelo assunto. Pois bem, esqueçam este mundo imaginário de olho de gato, pata de coelho, língua de sapo e ferradura de cavalo!

Vamos começar pela origem, pela base familiar, esta situação regrada a uma receitinha não parece muito esotérica? Visto que a maioria das pessoas na antiguidade não escrevia, passando a idade medieval, escrever qualquer coisa tida como sagrada já era heresia e a condenação era a morte, como consta nos registros da história. Portanto, voltaremos à realidade, os ritos de iniciação aconteciam de forma natural conforme o costume familiar, o primeiro menstruar da menina, a primeira caça do rapaz, a primeira guerra, a passagem pelo rito sexual, à primeira noite solitária pela floresta, os testes de bravura, e tantos outros que possamos captar, analisando o período e os costumes de um povo.

Vamos a um exemplo bem plausível dentro de uma família de bruxos, conta se que se um dos netos lembrar de uma data específica e ele manter uma dieta ensinada por um conto e chegar primeiramente até sua matriarca antes dos outros, ele receberá uma recitação de um ensinamento e a partir disso, haverá processos espirituais que o testarão e passado isso, ai sim ele começa a praticar as outras técnicas e entender melhor a crença de sua família. Simples? Pode ser, exige controle e poder pessoal? Muito! Tem pacto com o diabo? Lógico que não! Falamos de bruxaria meu caro! O Diabo nem existe para estas crenças! Teu teste vai ser feito por um tio, por um primo mais velho, por um ancestral espiritual, por um elemental, por um guardião da família, esqueçam os contos da bruxa corcunda e o seu conjugue o Deus Chifrudo da Wicca revertido na visão cristã em Diabo, esqueçam essas invenções modernistas! Estamos falando de crença antiga!

OK, e na Bruxaria Tradicional como funciona? 

- Não havíamos dito que a Bruxaria Tradicional tem por base a Bruxaria Familiar? Entretanto, tal como existem os trotes nas faculdades, os testes das Ordens Iniciáticas, seguem por jogos para testar a perseverança, o caráter, o poder pessoal, entre outras faces do aprendiz, além dos ensinamentos hereditários tal como dito acima.

E quais seriam?
 - Não se podem dizer eis o grande mistério de se fazer parte de um grupo ocultista e não ser um auto-iniciado alias seria muito bobo pensar num sujeito recebendo instruções e solitário em sua casa fazendo esses procedimentos, isto talvez seja válido para criar votos pessoais de dedicação, mas mesmo os dedicados e estudiosos não entenderão todo o processo senão estiverem inseridos dentro de um contexto de um clã, de um coventículo, portanto não existem Bruxos Tradicionais, com propriedade de definição, sem estarem ligados a um grupo, mesmo que não seja assíduo.

Quanto à questão do pedigree, a iniciação relatada em papel, é muito comum na idade moderna, existem diversas ordens que fornecem um papel, colocam um logo, assinam e o sujeito sai feliz da vida e pode mostrar a todos o quanto é ocultista, pois bem... Isso não funciona na Bruxaria Tradicional em via de regra, pois não é costume utilizar da escrita por conta de um entendimento histórico, que qualquer estudioso sabe devido à intolerância religiosa que sempre existiu, até hoje existe dentro e fora da Europa! O máximo que teremos é um livro de registro que fica guardado pelos mais antigos e que também é mantido em segredo, isto é, se algum grupo tiver esse procedimento, visto que a maioria dos bruxos tradicionais não tem acesso ao mesmo, e passa a ser um mistério dentro da própria instituição.



Ah mas a Bruxaria Tradicional não é uma instituição! 
- Quem disse isso? Até uma família é uma instituição! Leitores estudem para entenderem os processos de organização dos indivíduos, bruxaria é um caminho sábio, se desejam seguir por ele estudem para serem pelo menos cultos.
A iniciação na Bruxaria Tradicional pode ser comprovada na área da sabedoria e no entendimento da magia, nos laços de uma irmandade, na origem de sua crença, isto mostra quem é um iniciado e não um papel ou mesmo uma declaração simploriamente.

Cordialmente,
Conselho de Bruxaria Tradicional

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - Generalidades e Marginalidades

Ontem estava observando alguns textos sobre Bruxaria Tradicional e a questão de se generalizar qualquer coisa e fazer certas afirmações ou conclusões totalmente inspiradas no julgo pessoal ou na visão, por muitas vezes pequenina do mundo.

As pessoas têm ainda aquela visão distorcida da bruxa suja e corcunda, que mora longe dos muros da cidade, na área periférica, na área marginal da cidade, tropeçando suja pelas ruas de terra e sendo evitada por qualquer pessoa, devido ao mau cheiro e blábláblablá.... Será que todo bruxo tinha essa figura? Será que as pessoas que escrevem essas ficções não estão baseadas nas fábulas da Disney? Eu acredito que sim, que todo bruxo é indisciplinado, grotesco, que ele é poderoso, que ele faz e acontece, que parece um ser fora da humanidade. Muitos bruxos que tem práticas reais, que mostram os seus trabalhos, que estão tanto aqui no Conselho de Bruxaria Tradicional, como em outros locais pelo mundo acham cômico, pois esse tipo de visão medieval, no culto diabólico da madrasta da Branca de Neve, é uma distorção e serve apenas para gerar contos infantis.

Bruxos, os reais, não os das fábulas ou desta visão "pobre" que tentam passar em livretos e textos tendênciosos na linha cristã estão totalmente fora da realidade, não dizemos que não possam acreditar nisso, aliás, não estamos discutindo a crença alheia, se o sujeito quer ser um ogro ele pode ser, mas queremos colocar os pés do leitor no chão e tirar a cabeça das nuvens, a humanidade não é uma caixa única, o comportamento muda, o tempo passa, os locais tem culturas diferentes, existem bruxos ricos e pobres, intelectualizados e ignorantes, cheirosos e mal cheirosos, não é o aspecto visual do bruxo e nem onde ele mora e sim o que segue, o que tem por conduta, a visão de mundo que é passado dentro de sua família, dentro de seu grupo, as crenças hereditárias, a conservação e a busca por manter o conhecimento.

Outra coisa tola que comentam que a bruxaria não "está mais" ligada ao paganismo (?) não é isso meus caros, é que bruxos têm uma religiosidade interior, tem suas crenças e elas o acompanham, até mesmo dentro de uma Igreja, até mesmo dentro de Sinagoga, devemos sair do superficial e adentrar profundamente no mundo dos bruxos, pelo menos é assim que tenho entendido ao peregrinar por este caminho, e isto é muito natural dentro do caminho tradicional.

Temos que colocar os pés no chão e saber que bruxos pagam impostos sim, que eles estão ligados a instituições, mesmo que as bancárias, que bruxo adora estar na natureza, porém ele pode morar numa cidade se assim achar mais prático, bruxo fica doente, bruxo pode ter problemas financeiros, bruxos não são criminosos, não cultuam o diabo entre muitas outras visões conturbadas que vemos sendo jogadas na mídia.

Agora francamente, temos nossos palavreados, nossos costumes como brasileiros, precisa ter um pouco de bom senso, se um bruxo manda alguém para o inferno será que ele realmente acredita em inferno e já não é bruxo ou ele esta usando de uma expressão do tipo "não me enche!", o sujeito que chama a sogra de velha bruxa acredita mesmo que seu familiar é pagã? Ou esta baseado nos ditos populares do que se convencionou hollywoodicamente falando?

O melhor jeito de entender um caminho é prática-lo, é vivência-lo, o caminho da bruxaria não é dogmático, mas ele tem seus conceitos, tem seus parâmetros, nem todo mundo é budista pq. acredita em divindade e nem todo mundo é bruxo pq. vive numa área periférica ou por que tem um espírito liberto, se fosse assim todo hippie também seria bruxo.

Como sempre, o melhor caminho é o do bom senso, do estudo aplicado, da reflexão, leia de tudo, mas depois faça um filtro e leve para a realidade, se você quer levar a sério um estudo teológico, saia da Era Medieval e entre no período Antigo. Temos visto trabalhos acadêmicos belíssimos, arte, cultura, costumes, geologia, antropologia, tem muito material, e isto é válido para a grande maioria dos povos de expressão na história, celtas? Com certeza, mas romanos, germânicos, saxões, entre outros. Entretanto preze por estudar um povo com especialidade, vejo gente que estuda stregheria e faz comentários levianos sobre outros povos, ou mesmo cultural, o sujeito fala que segue a linha inglesa e fala dos ibéricos, então reveja qual autores e pesquisadores realmente estudam com propriedade, mesmo que alguns tragam fontes, pois é muito fácil distorcer até mesmo o parecer e a linha de pensamento do autor que colocam no final de seus textos como referência. Pegue os livros e faça a sua análise e vamos rezar para que você não seja mais um analfabeto funcional, do tipo que lê e não entende!

Nós conselheiros estamos aqui para dar uma ajuda caso se sinta perdido.

Abraços Fraternos,

Ricardo DRaco
Bruxaria Tradicional Ibero-Celta

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Choques de Egrégoras, Espíritos, Ancestrais e Energias


Grandes magistas que conquistaram o reconhecimento da sociedade ocultista estudaram correntes de magia e fizeram sua obra mostrando, em tese, como funcionariam os preceitos do que criou, o interessante é que para esses ilustres ocultistas fica claro o seu empenho, pois não encontramos em seus sistemas o plágio de outros, acrescentando assim, técnicas únicas e diferenciadas que promoveram até a criação de Ordens Iniciáticas.

Para quem conhece profundamente magia e para ser profundo dentro da magia, se procura se especializar, diante de tanto que se deve empenhar de estudos e práticas, o caminho da Bruxaria Tradicional é complexo e exigente, não é possível ser um bruxo tradicional e ser, por exemplo, um umbandista, você é o caminho que escolheu, muito embora as CRENÇAS TRADICIONAIS tenham pontos em comum e em sua maioria se focam no culto ancestral, no culto politeísta, nas práticas que envolvam as forças telúricas.

Para quem cultua genericamente a magia, que chamaremos de feitiçaria baseada em sistemas tradicionais, devem se ater às questões míticas, seria possível cultuar deuses e espíritos que foram inimigos em sua época? Não é possível! Pois entramos na questão dos pactos, tal como seria muito trabalhoso ter locais distintos para práticas específicas, imaginem ter um altar de deuses romanos e em outra casa uma altar de deuses celtas (?).

Devemos entender que a "prática espiritual", e quando dizemos nos referimos aos espíritos, são seres pensantes, com personalidade, imaginem se os mesmos irão ficar restritos ao seu altar, ou ao seu quartinho, não vão! Acreditar que existirá uma harmonia entre você e eles ou entre eles seria o mesmo que acreditar em fada madrinha.

 Portanto quando um bruxo se caracteriza como tradicional, ele é tradicional, pois segue uma linha característica de conduta e magia, segue uma síntese dos costumes e valores de raiz, pois têm em suas crenças seus deuses, seus ancestrais, uma afinidade que lhe é familiar. Esta fé, esse apanhado antropológico, este reconhecer, o conhecimento hereditário é o que reconhecemos como Tradicionalismo, e qualquer um podem discernir o que é uma tradição em sua família, o que torna a bruxaria tradicional é justamente a tradicionalidade na Bruxaria, o fator tradição é dado às muitas crenças, tal como chamamos de crenças "tradicionais", ou seja, crenças nativas, e sendo nativas devemos honrar sua origem, sua raiz, sua regionalidade e não apenas pegar o que todas têm em comum, isto seria apenas generalismo, o tradicionalismo se encontra no terreno da especialidade!

É fato que as crenças tradicionais devem ser honradas em sua identidade mágico/ religiosa, esse apanhado de lembranças, gostos, sensações, dessa energia cognitiva, que muitos chamam de egrégora, deve ser compreendido com clareza, hoje vemos uma confusão de deuses africanos, práticas como voodoo, candomblé, umbanda, quimbanda, catimbó, cultuados conforme interesse e ego, por vezes dizendo que tudo isso  é bruxaria, por outras temos visto um movimento de conscientização e de intelectualização que dizem que alguns movimentos religiosos sofreram influência da bruxaria européia, por fim, um cenário que estamos mudando com a aplicação de conceitos que estavam esquecidos e que o Conselho de Bruxaria Tradicional tem demonstrado com excelência.

Somos da opinião que a segmentação mágico/ religiosa é uma das premissas do bom entendimento, com isso o magista entenderá qual linha ele realmente segue, se pela feitiçaria baseada nas práticas genéricas tradicionais, se na Wicca, na Bruxaria Eclética, na Bruxaria Tradicional ou qualquer outra que sentir um propósito de vida, e quando dizemos isso, é justamente o caminho que mais tem haver contigo, é o tempo de sair da curiosidade, da experimentação, e com sabedoria e maturidade fazer sua peregrinação concreta, seja pela Bruxaria Tradicional ou não.

Queremos levar a esta reflexão, qual o motivo do seu empenho magista? Se dar bem na vida? Ajudar aos outros? Encontrar reconhecimento? Em nosso pensar, tudo isso pode ser conquistado com trabalho, levantando cedo, sendo honesto, digno. Vamos reconhecer um grande magista quando ele retirar a doença dos enfermos, quando ele melhorar a sua vida e de quem tiver a bondade de ajudar, quando ele ensinar com propriedade o real significado de "Ethos", ou seja, ética! Seja justo, pois para fazer a maldade, para machucar ao próximo você não precisa ser um feiticeiro, precisa ser apenas mau caráter.

Mais um ponto de vista para reflexão!


Cordialmente,
Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil

terça-feira, 23 de agosto de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - Relato Peregrino de honra a Brighid

 
Metáforas desenham entre as linhas segredos para aqueles que entre elas se encontram. E já há algum tempo aguardava esta benção! A ansiedade me crivou com suas unhas, marcando-me as centenas de dias que se estenderam. A angústia da distância desintegra-se impotente ante o reencontro dos que chamo de fraternos, e, Oimelc em cada minúcia se mostra imponente. Brighid em teu coração infinito de grandeza sempre declara haver espaço para mais dos filhos bastardos desta terra, filhos estes que acolho como fraternos da mesma forma que fui acolhido quando eu bastardo vagava procurando por uma família. E à vocês, novos em nosso caminho, novos em nossa fraternidade, desejo e peço força, perseverança, sabedoria, e, respeito à tão amada tradição que cultivamos.

E o que ganhamos em troca? Tudo que fordes capazes de segurar entre vossos braços! Como é generosa nossa mãe! Que abençoa não somente teus filhos, mas todo este solo que abriga tuas criações. Desde o fogo que transforma em teu seio o que não mais nos serve até o espectro das cores noturnas tão vivas que parecem refletir o dia. Onde há vida esta se manifesta por vossa vontade! Ensina-nos por carinho com a paciência que não existe ainda em nossa personalidade borrada. O balançar de vossas longas mechas de cabelo faz brotar as flores que enfeitam nossos campos. Teu sorriso suplica para que se levante o horizonte rubro alegre, que em facínio se ergue contente e, por tua nobreza, amanhece em nós um novo tempo, afogando o passado cíclico, envolvente, oportunista e predador de nossa consciência.

Quanta gratidão amada mãe! Tantos presentes empilhados num espaço tão discreto, presentes ausentes em materialidade, transbordando vosso bálsamo cristalino sobre meu espírito. Encontro-te onde eu procurar… Ali sempre e sempre estás. Que oportunidade é tê-la ao nosso lado, fitando-nos como filhos amados. Sigo-lhe hipnotizado tentando imprimir firmeza em meus passos. E no fogo eu aprendi! E foi no fogo que tu me ensinaste o canto que atiça a chama, ensinaste-me que o ar que respiro é muito mais do que apenas veículo! Há magia nos teus mais simples gestos, borrifando vossa sede da restauração pelo ar. Semeia a alegria onde tocam vossos calcanhares.

Entrei na fogueira aquele menininho apreensivo que noutro dia chegou, hoje saio da fogueira como realmente sou… Queimei os segredos que um dia tranquei numa caixinha, e tu mostraste as respostas que eu não tinha… O Mestre há tempos já dizia junto à fogueira, que há mais vida onde está a fogueira.

Ao teu pedido parei, olhei, respirei, e compreendi que não há nada de errado a nossa volta. As cousas acontecem no andamento dum ritmo tão perfeito, assim como as nuvens vão bailando pelo espaço largo numa fila respeitando o lugar de cada uma sem embaraçar-se em sua união... Indaguei pelo equilíbrio, e o espasmo sarcástico das noures me ensinara que aqueles como eu, que procuram pelo equilíbrio aos flancos, estes sim, penderiam no desequilíbrio que sonda a margem da incerteza... Pois, como equilibrar-se num mundo que gira a todo o instante em todos os sentidos? Vossa vóz doce me disse: Tolo sois vós, que atenta contra o ritmo próprio de vossa natureza, assume tua pequenez e acompanha as sábias ondas ao invés de correr contra a correnteza.

Num piscar de olhos estava eu de volta, no lugar de onde nunca saí... E, o tempo que nunca existiu caçoava das minhas frágeis verdades desabadas aos pedaços pelo chão, que de tão espalhadas, obrigaram-me a desistir de juntá-las. Quanto mais alto tu me levas, mais distante percebo que sempre estive de alguma verdade. Obrigado Brighd!
 
Att.
Conselho de Bruxaria Tradicional Campesina no Brasil
 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CONFIANÇA E FIDELIDADE NA BRUXARIA TRADICIONAL - por Senhora Telucama

CONFIANÇA E FIDELIDADE NA BRUXARIA TRADICIONAL.

                       
                                
O caminhar na Bruxaria Tradicional se resume em Lealdade, Confiança, Fidelidade e amor.
CONFIANÇA é à base de tudo no CAMINHO DE PEREGRINAÇÃO NA BRUXARIA TRADICIONAL.

Fidelidade se aprende e se pratica. Lealdade é componente básico do caráter e CONFIANÇA se conquista...

Ao pé da letra; “BRUXARIA TRADICIONAL” já exprime que a referida TRADIÇÃO é passada para uma (o) Iniciada (o) que fez jus, por conquistar PERFEITO AMOR E PERFEITA CONFIANÇA.
Toda TRADIÇÃO é passada por Sacerdotes e Mestres, são ensinamentos restritos a quem ao longo da caminhada, conquista a CONFIANÇA dos detentores dos mistérios daquela TRADIÇÃO. Assim, cada responsável por uma TRADIÇÃO, SE RESERVA O DIREITO E O DEVER DE SÓ PASSAR OS ENSINAMENTOS MÁGICOS A QUEM POR PROVAS DADAS LHES INSPIRE CONFIANÇA.
É prioritário que se desenvolva uma sincronia, um equilíbrio como uma balança ou duas partes de um todo. Sem confiança Iniciadas (o) na Bruxaria Tradicional não chegam a lugar algum. Tem que confiar mesmo, porque confiando na (o) Iniciada (o) é está confiando em si mesma (o) e conseqüentemente RESPEITANDO O JURAMENTO SAGRADO.
E para atingir este estágio, as graduações que correspondem à evolução natural do caminho, muita confiança e fidelidade são necessárias.
A CONFIANÇA E A FIDELIDADE são elementos que compõe a espiritualidade do ser humano. É uma daquelas “coisas” que não podemos abarcar com os nossos sentidos, foge à compreensão da lógica normal das coisas palpáveis e visíveis. Não é como muitos pensam apenas um sentimento. Não! Como os outros componentes da espiritualidade a CONFIANÇA é regida mais pela formação de caráter do ser humano.
Podemos deixar a confiança e a fidelidade para a psicologia moderna que analisa apenas como uma reação que pode ser identificada desde o berço. Se uma pessoa não aprendeu a confiar ali, por não ter tido modelo dos pais, ela terá que lutar com essa deficiência por toda a vida. Solução: terapia!
Quero explorar outro lado dessa questão: Nós Bruxas (o) exercemos a NECESSIDADE DA FIDELIDADE E DA CONFIANÇA todos os dias o dia inteiro. Aprendemos a ser seletivas (o) a partir de feridas que colecionamos durante a nossa trajetória histórica no Planeta. Aprendemos a selecionar em que(m) confiar e em que(m) não confiar num puro exercício da vontade outro componente da espiritualidade. Na verdade saber confiar e querer confiar são duas coisas que podemos aprender. Não somos e nem precisamos ser meras vítimas de experiências do passado. Parafraseando Shakespeare: “crer ou não crer, essa é a questão!” Confiar ou não confiar fará completa diferença em nossa vida.
Como quase tudo na Bruxaria Tradicional, a confiança funciona como um eco nas montanhas. Há proporcionalidade entre a confiança que depositamos nas pessoas e a resposta que elas darão.
Todas as (o) iniciadas (o) na Bruxaria Tradicional passam por fases, como por exemplo: O desenvolvimento da CONFIANÇA.
No início não sabemos andar pela confiança real na Guiança, só ao longo do tempo aprendemos a confiar. No início não sabemos andar pela confiança nos Deuses Pessoais apenas pelos ensinamentos da palavra da Guiança. É difícil para a maioria não ter elementos palpáveis e mensuráveis como pontos de partida para as ações que acreditamos mágicas. Esperamos que algo ou alguém nos dê motivos consistentes e de preferência visíveis para podermos tomar decisões e agirmos. Levamos tempo para que nos estimulem a confiar.
Com a caminhada, passamos a construir a lógica da Bruxaria Tradicional, explicando  a base da TRADIÇÃO que escolhemos para seguir.
A Bruxaria Tradicional como um todo está repleta de desafios para que nos concentremos no nosso EU PRIMORDIAL, e nas coisas invisíveis, impalpáveis e MISTERIOSAS  que ele contém. “Buscai!” é a ordem dos nossos DEUSES E DOS NOSSOS ANCESTRAIS
Uma (o) Bruxa (o) que confia nas coisas passageiras não pode colher os mesmos frutos como uma que confia nas coisas invisíveis partindo da sua própria DEUSA (O) INTERIOR. Pois é pela NOSSA VERDADE PESSOAL, VIVÊNCIAS e a contemplação do NOSSO ESPAÇO SAGRADO que somos transformados!
Assim, por uma questão simples e VERDADEIRA, para que haja RESPEITO à egrégora de cada TRADIÇÃO, deve-se restringir a permanência coerente com a dignidade de quem busca a CONFIANÇA DAS GUIANÇAS DA TRADIÇÃO ESCOLHIDA, POR OPTAR  EM ABRIR CÍRCULOS E CELEBRAR, só e exclusivamente   dentro da TRADIÇÃO que escolheu trilhar. Lembrando que somos livres para fazermos as nossas escolhas  e seguirmos a TRADIÇÃO que mais nos sensibiliza e responde as nossas questões mágicas.
 
O Grande Desafio na BRUXARIA TRADICIONAL ESTÁ NA CONQUISTA DO PERFEITO AMOR E DA PERFEITA CONFIANÇA.
Graça Azevedo / Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama

sábado, 20 de agosto de 2011

CONVITE PARA GRUPOS OCULTISTAS/ FOLCLORISTAS!

Convidá-los a cadastrar seu grupo em nosso site, para que aprendizes encontrem locais de crença/ prática ocultista/ folclorista.

Podem enviar para este email asla_bt@yahoo.com.br

Com os seguintes dados:

- Nome do Grupo:
- Qual religião/ senda:
- Contato:
- Telefone:
- Endereço:
- Estado:
- Site/ Blog:



Cordialmente,

Conselho de Bruxaria Tradicional
http://www.bruxariatradicional.com.br

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - Sua Religião pelas Árvores

Um senhor muito simples caminhava por um pomar e ensinava a um adolescente da cidade sobre as árvores, ele dizia que é fácil reconhecer a árvore pelos frutos que colhemos, algumas árvores são preguiçosas e não dão frutos, outras oferecem frutas tão "bichadas" que não servem para saciar a fome, outras são azedas e mal formadas que se tornam indigestas; entretanto, mesmo com as dificuldades na colheita, ainda assim sabemos que uma laranja vem de um pé de laranja, uma maçã de uma macieira. Essa clareza que chega a ser óbvia onde a fruta se origina de uma específica árvore é o mesmo processo que acontece com as religiões e o homem.

O sábio senhor se dirigiu ao rapaz e com o olhar fixo lhe perguntou:

- É possível reconhecer a árvore que possa gerar diversas frutas em seu ser? Qual o nome da árvore que gera maçã, pêra, jaca, banana ao mesmo tempo? Ela poderia ser chamada de macieira? Ou somente de bananeira? Essa árvore não existe, muito embora nós compreendêssemos e reconheceríamos os seus frutos em suas árvores de origens, tal como reconhecemos que é uma planta e pertence ao reino vegetal.

É justamente tomando a sabedoria da Natureza que chegamos a refletir igualmente em nossas vidas, Bruxaria é um culto à Natureza, e nós somos preservadores, somos tradicionalistas, e reconhecemos o nosso fruto e a sua árvore ancestral.

Portanto caros leitores, salada de frutas ou salada mística somente na sobremesa! Na macieira somente maçã!

Cordialmente,

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

index-listagem-de-textos-e-artigos-07-2011

index-listagem-de-textos-e-artigos-07-2011

Este tópico tem por função a indexização dos artigos e textos do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil para facilitar na busca dos artigos pelos por títulos do primeiro semestre de 2011.
 
JULHO





Cordialmente,

BRUXARIA TRADICIONAL - Nascimento da Bruxaria

Temos colocado em nosso blog pesquisas que vão além de autores contemporâneos, deste século, como da era moderna (Sec. XVI), porém existe confusão ao termo modernismo, ele não implica na data de criação dos livros ou menciona a data de nascimento dos autores, por assim dizer, todos nós vivemos em uma Era Contemporânea (Sec. XXI), o que se coloca é a visão, o enfoque do estudo e se ele é conservador ou liberal. Dizemos por conservadores, àqueles praticantes que não são ecléticos, que buscam manter as tradições da terra/ raiz, que preservam o conhecimento de origem, que focam na Era Antiga, no politeísmo histórico, a esses estudos/ práticas chamamos de tradicionais, aos liberais ou de forma comum modernistas, são aqueles que não prezam por uma visão conservadora, seguem por um ecletismo baseado na diversidade esotérica, buscando na leitura autores magistas para criarem um conjunto de práticas sem a necessidade de união de crença, de linha ancestral/ regional, portanto um segmento individualista e sem um caminho específico. Exemplo do ecletismo: Andrew D. Chumbley (Seu trabalho mágico, trouxe as influências do Sufismo, Tantra, Chöd e Cristianismo!)

Algumas obras literárias de historiadores refletem o período medieval como base de estudos, esta facilidade em adquirir materiais é justamente por se tratar de um período em que o clero católico e a elite são letrados, com isso houve a expansão do termo "bruxariaS", entretanto fugindo ao contexto religioso pré-cristão, indo de encontro às necessidades cristãs, do poder de ampliação da igreja, devastando qualquer crença contrária a sua doutrina (Ex: Tribunal do Santo Ofício).

Fica muito claro estas questões a quem se preocupa em estudar história e teologia, pois como sabemos até hoje existem movimentos missionários invadindo sociedades tribais, sociedades estas que encontram crenças tradicionais e por vezes milenares.

A Bruxaria nasceu da religiosidade nativa européia, com toda a veracidade nos cultos pré-cristãos, pois a partir da era medieval acabou por se distorcer simploriamente para "atos/ crenças maléficas" surgindo assim grande influência do maniqueísmo, a luta entre Deus e o Diabo, o Bem contra o Mal e todas as questões e princípios que bruxos e bruxos tradicionalistas não possuem devido a usufruírem de uma religiosidade mais fluídica e natural.
 
Para quem desejar conhecer mais sobre a etimologia do nome bruxaria, poderá ler este texto: ACESSE!


Cordialmente,

Conselho de Bruxaria Tradicional
http://www.bruxariatradicional.com.BR

terça-feira, 16 de agosto de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - Deus/ Santo de Devoção e a Religião

Sobre a devoção; ser devoto é prestar culto, definição dada a religião que além do termo religação também menciona prestar culto à divindade, por um deus ou posteriormente na figura de um santo (divindade).

Existem diversas categorias profissionais que utilizam da devoção, tal como a polícia militar que homenageia a São Jorge, santo guerreiro, enaltecendo qualidades específicas, tal como pedir proteção e demonstrar valores de um guerreiro. Temos com isso inúmeros santos, cada um com suas particularidades, tal como as "causas impossíveis" por São Judas Tadeu, e assim por diante. Cultuar santos é tradição/ crença católica, quem reza, é devoto, tem fé, presta homenagem é um praticante do catolicismo, esta inserido em sua religiosidade, entretanto ser devoto não quer dizer ser padre, ser praticante não quer dizer ser sacerdote, e esta divisão têm se tornado cada vez mais clara aos movimentos eruditos magistas/ paganismo.

De certo os santos de hoje compatibilizam com as funções de crença dos deuses de ontem, bem como os deuses africanos se tornaram santos aqui no Brasil, em torno de quinhentos anos, isto aconteceu anteriormente na Europa na expansão do Catolicismo, entretanto, como sabemos a Igreja de Roma, nasceu de um império de pagãos politeístas, adquirindo  o culto a divindades (santos), mas também os costumes festivos pagãos.

A oficialidade do culto dos santos  é algo bem fascinante, pois não precisamos ir muito longe para entender o processo, os nossos próprios santos brasileiros foram canonizados há pouco tempo, temos o padrinho Cícero que antes de se tornar santo já possuia muitos devotos e acredito que os adoradores de um padre são católicos tendo ou não a sua canonização. O que estamos dizendo com isso? A crença foca na religiosidade, não é simplesmente um ofício sindicalizado por profissões, não existem santos fora do contexto católico, tal como não existem deuses fora de suas crenças pagãs, entretanto não existe obrigação de se cultuar tudo quanto é deus ou santo, como é natural em nossas vidas, somos direcionados as manifestações que nos fortalecem a alma, que vão de encontro as nossas necessidades, pensar em um santo guerreiro nós promove a fé no poder divino da proteção e no poder do combate, tal como seria a mesma devoção a Marte, a mesma devoção a Lugh, a mesma devoção em outras crenças tradicionais tal como no Candomblé a Ogum, quem é filho de Ogum o cultua especificamente, muito embora entenda e respeite os outros orixás, tal como entende que as práticas pertencem à religião Afro.

Encontraremos em algumas crenças familiares (bruxaria familiar) o culto a um santo específico, entretanto dentro da Bruxaria Tradicional, cuja mesma tem um olhar de estudos para o entendimento do passado, veremos que esse santo é equivalente a um deus, e que geralmente esse deus era muito cultuado naquela região/ aldeia em específico.

Esperamos com este artigo dar a nossa visão como bruxos tradicionais e aos que simpatizam com nossa visão tradicionalista que fiquem atentos aos próximos textos!


Att.

Conselho de Bruxaria Tradicional

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - Vídeo do Ritual de Oimelc - CLÁN

Segue vídeo do ritual de Oimelc realizado pelo círculo de Bruxaria Tradicional  Ibero-Celta.



Cordialmente,

Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil
http://www.bruxariatradicional.com.br

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

I M B O L C 2011 na Casa Telucama

I M B O L C 2011

                  NOSSO  IMBOLC   DE  2011

A CASA TELUCAMA é um Templo de BRUXARIA TRADICIONAL voltado para a valorização do ser humano, através da iniciação formal, vivências de autoconhecimento, celebrações, cursos, rituais, palestras, que visam levar a viver na BRUXARIA a sua mais pura essência e a reflexão sobre o atual momento da vida, fomentando o despertar da Deusa interior, a sua relação com o mundo enquanto BRUXAS (O), seu sucesso profissional e emocional. 


Vejam as fotos: http://casatelucama.blogspot.com/2011/08/i-m-b-o-l-c-2011.html

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - A Arte Macabra da Morte

É pão! Mas você comeria?
 
Trata-se de uma padaria da Tailândia, na província de Ratchaburi (100 km a oeste de Bangkok).
Eles pretendem difundir o pensamento budista de não acreditar no que se vê, porque o que se vê, pode não ser tão real quanto parece. Os detalhes fazem a perfeição da criação, parecendo quase real e chamando a atenção de todos que passam em frente da padaria.


Você conseguiria vencer as aparências? Conheça o Conselho de Bruxaria Tradicional e rompa com as ilusões!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

index-listagem-de-textos-e-artigos-06-2011

index-listagem-de-textos-e-artigos-06-2011

Este tópico tem por função a indexização dos artigos e textos do Conselho de Bruxaria Tradicional no Brasil para facilitar na busca dos artigos pelos por títulos do primeiro semestre de 2011.

JUNHO


Cordialmente,

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O que você faria se fosse perseguido?

Um grupo de amigos refletia sobre a questão, observando a idade média, onde qualquer pessoa fora dos padrões era chamado de bruxo e as perseguições do Santo Ofício criando livros e atas com invenções do imaginário cristão, com a ligação de bruxas com o Diabo, que também é uma invenção da Igreja Católica para arrebatar mais fieis, ao qual chamaremos da indústria do medo! É como diria uma amiga o Diabo é Cristão.

Por estas questões bruxos tradicionais não cultuam o diabo, nem mitologicamente como também nem na psicologia de arquétipos, mas ai irão perguntar: "Mas o diabo é a derivação dos cultos pagãos!" e devemos pensar se isto é realmente uma verdade, pois a palavra "Diabo" vem do latim diabolus que significa acusador ou opositor, sendo assim tudo o que era contrário a Santa Igreja deveria ser "acusado" ou estar em "oposição" aos seus dogmas.

A idade medieval é chamada também de idade das trevas, NÃO por conta do ocultismo, mas sim por conta da ignorância, isto parece continuar em termos de ignorância, visto que ainda existem pessoas que voltam suas pesquisas sobre os estudos teológicos sobre a Bruxaria, num período restrito a Igreja Católica e sua visão sobre outras religiões e pessoas que não se adequavam em crença, aparência física e sanidade mental.

As teses mais prováveis sobre a criação do Diabo não é a ligação simples com os deuses pagãos e sim criar uma entidade espiritual baseada no declínio das Leis de Deus, onde perder este caminho resultaria no abandono como também na degradação do homem para animal, visto que os animais são, conforme cristianismo, inferiores. Sendo assim um homem meio animal, seria alguém inferior e que deveria ser excomungado.

Mas não seria algo tão simples, deveria ter uma entidade que comandaria a perdição visto que Deus na figura paternal daria a salvação através do seu filho, e por coincidência meio homem meio deus!

Nesse momento surge a figura de Lúcifer, o portador da Luz, o anjo mais belo, que perde a sua luz, cai, vira opositor e se transforma no Diabo, um ser animalesco e inferior, deformado e na cor vermelha das fogueiras, lugar que queimariam os hereges (os seres inferiores)!

O número da besta, o famoso 666, tem sido usado extra oficialmente como código não para A Besta, mas para um conjunto de bestas, seres inferiores e não pensantes que são comandados pelo Diabo (a), visto que ainda se discute o sexo dos anjos!

Queremos agradecer aos nossos leitores e diabolus que acessam o Dignow e que continuem a clicar em nossos textos, positivando ou negativando(666), seguramente nossos artigos irão ter sempre grande audiência! Parabéns aos editores dos blogs parceiros, sempre focados em trazer bons textos, redirecionando seu tempo e dedicação à sabedoria!

Gratidão!
Membros do Conselho de Bruxaria Tradicional
A favor da paz e do conhecimento Tradicional no Culto da Bruxaria!