quarta-feira, 20 de abril de 2011

BRUXARIA TRADICIONAL - Culto das Pedras

Culto das pedras

É certo que não eram adoradas todas as pedras e possivelmente uma pedra não era adorada por si própria, era-o, como referiste, na medida em que era um altar da divindade. Contudo, para os povos primitivos, não havia a mesma distinção entre o altar e a divindade, que haverá para nós. E a pedra escolhida era sempre especial, teria que emitir um determinado padrão vibracional, que não poderia ser alterado.

Mas, se pensarmos bem, talvez seja o mesmo princípio que leva, na tradição popular, a que, antes de a usar, se “acorde” a àgua que se trouxe de uma fonte sagrada e que se guardou num recipiente, em casa. Longe da fonte sagrada, o carácter sagrado dessa água fica inerte, “adormecido”, sendo necessário invocá-lo novamente, ou seja, “acordá-lo”. Por aqui vemos que o carácter sagrado não reside na própria água e que também esta é um veículo do sagrado.


Evolução e conduta

Na minha perspectiva, a realidade é ilusória, esta minha vida não passa de mais uma viagem… E, na minha maneira de ver as coisas, de certa forma tudo é permitido. Mas, temos que ter em atenção que ao entrarmos às cegas num mundo onde tudo é permitido, estamos a glorificar o ego e também o ego é ilusório. Se o ego é sustentado por um mundo ilusório, também ele próprio sofre do mesmo mal. Eu não tenho nenhum problema com isso, aceito que é ilusória a minha personalidade, o meu eu desta vida. Mas, precisamente por serem ilusões, não faz muito sentido valorizá-las. Contudo, não creio que se possa dizer que a realidade última é o vazio. Se o mundo em que vivemos, o mundo material, é uma ilusão, parece-me que isso apenas nos permite concluir que se há uma realidade para lá da ilusão, será uma realidade vazia de matéria, mas não necessariamente vazia em si própria. Por exemplo, o amor e a compaixão são na sua essência realidades vazias de matéria, ou seja, na sua essência não pertencem ao universo da realidade ilusão. E cada vez mais acredito que é a qualidade do meu amor e da minha compaixão que define o meu nível de consciência.

Autora: Maria uma Peregrina

2 comentários:

  1. Bom, se tudo é ilusão, cabe a nós escolher qual dessas ilusões (e não precisa ser uma só) será a nossa realidade? De felicidade e beleza ou de raiva e discórdia, da magnitude dos seres e da natureza ou da estressante cidade? Tudo são escolhas.
    Também me chamou atenção o fato do "acordar as coisas", elas são sacras e, assim acredito, quando intencionamos dirigimos essa sacralidade para algum proposito = magia.

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  2. Concordo, a matéria é ilusão... Logo acaba, sempre acaba! Acredito num lugar real, onde tudo dure, energia pura... Um dia a gente chega lá! rs

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