"tudo quanto o povo faz, pensa e sente.
É a cultura do povo, cultura de folk, variável em suas manifestações conforme a herança de conhecimentos transmitida pelas gerações anteriores.
É o comportamento, a atitude do homem diante de um fato, de uma pessoa, de um animal.
Esse comportamento resulta de um conjunto de crenças e práticas que se ligam às atividades, às técnicas, às normas sociais."
É a cultura do povo, cultura de folk, variável em suas manifestações conforme a herança de conhecimentos transmitida pelas gerações anteriores.
É o comportamento, a atitude do homem diante de um fato, de uma pessoa, de um animal.
Esse comportamento resulta de um conjunto de crenças e práticas que se ligam às atividades, às técnicas, às normas sociais."
A defesa da identidade
Em conseqüência da marginalização e destruição a que foram submetidos, os povos indígenas enfrentam problemas específicos e demandam direitos especiais entre os quais se destacam o direito à terra, à autonomia e a uma identidade cultural diferenciada. O fundamental desses direitos especiais é seu caráter coletivo, já que até agora os povos indígenas, quando foram protegidos no marco da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, o foram apenas como indivíduos e não enquanto povos.
Além de usurpar-lhes a base natural dessa identidade: o território, seus recursos naturais e lugares sagrados, as classes dominantes e etnocêntricas buscaram sempre marginalizar os povos indígenas e descaracterizá-los enquanto coletividade culturalmente diferente. Isso tudo, em nome de uma pretensa cultura e identidade única e homogênea. Na verdade, a vontade das classes hegemônicas foi sempre a de que os índios deixem de ser índios, que renunciem à sua identidade étnica e cultural. O índio só interessa como peça de museu, como folclore.
No entanto, os povos e comunidades indígenas têm resistido a todas as agressões, perseguições e tentativas de extinção física e sócio-cultural a que foram submetidos até hoje. E muito além de uma atitude meramente defensiva, a afirmação da identidade tem implicado para eles em uma revitalização étnica, inclusive em termos de crescimento populacional e de reconquista territorial, num processo de auto-identificação perante a sociedade envolvente.
Essa revitalização conduz inevitavelmente a uma ruptura com as raízes coloniais e neocoloniais do Estado Nacional brasileiro com os povos indígenas, como manda a própria Constituição Federal e estabelecem alguns instrumentos internacionais (Convênios, Pactos, Declarações), que tratam sobre os direitos indígenas.
À sociedade envolvente cabe reconhecer os povos indígenas não apenas como remanescentes de um "passado glorioso" e sim como povos distintos com direito a ter uma identidade étnica e cultural própria.
É lamentável que tenhamos chegado ao ponto de precisar de meios legais para se garantir os direitos de identidade, raça e cultura destes povos, mas em nome da preservação de suas tradições, já tão violadas, vejo que é mais que necessário.
ResponderExcluirConcordo plenamente! A população indígena hoje, em sua maioria, está totalmente descaracterizada ou conserva muito pouco das suas raízes.
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